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 | Paulo Pinto/Agência Estado /Arquivo
| Foto: Paulo Pinto/Agência Estado /Arquivo

Condenada a 39 anos de prisão por ter matado os pais em 2002, Suzane von Richtofen foi pré-selecionada para conseguir um empréstimo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em uma faculdade católica privada de Taubaté, no interior de São Paulo. Atualmente, Suzane cumpre pena em regime semiaberto um presídio na cidade vizinha de Tremembé.

Suzane escolheu o curso de Administração de Empresas no período noturno, segundo informações públicas, disponíveis no site do Fies. A mensalidade, de acordo com a Faculdade Dehoniana, é de R$ 596 — que pode ser financiado em sua totalidade pelo governo. Antes de começar a estudar, Suzane precisa de autorização da Vara de Execuções Criminais para sair da prisão no horário das aulas.

Em seu site, a faculdade se descreve como “tradicional e católica” e diz oferecer os cursos de Teologia, Filosofia e Administração.

Não é a primeira vez que Suzane tenta estudar. Em abril do ano passado, a Justiça havia autorizado a jovem a frequentar o curso de Administração em outra universidade de Taubaté, a Anhanguera. A presa acabou não dando continuidade ao curso.

A detenta entrou na lista do Fies graças ao desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prestado em dezembro, na Penitenciária Feminina de Tremembé, onde cumpre pena desde 2006. Em regime semiaberto desde outubro de 2015, Suzane tem direito a trabalhar e estudar, além de se beneficiar de cinco saídas temporárias por ano. Suzane tem até o dia 20 para confirmar a inscrição no curso.

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