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Se confirmada a necessidade de segundo turno, Lula deverá iniciar a corte a Aécio Neves e José Serra ainda durante a campanha eleitoral. A passagem de Geraldo Alckmin à etapa final da disputa não estava no roteiro dos dois tucanos vitoriosos em seus estados e pré-candidatos ao Planalto em 2010. Para o presidente, já estaria de bom tamanho se Aécio e Serra não se esforçassem demais por Alckmin daqui até o dia 29. Ontem, o governador de Minas declarou que a tensão entre os petistas e a oposição deve diminuir a partir de agora. É exatamente o contrário do que Alckmin necessita: manter viva e, se possível, elevar a temperatura do escândalo do dossiê.

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Final de Copa – O clima de tensão no comitê da campanha de Lula em São Paulo só foi quebrado ontem quando a televisão anunciou a dianteira de Jaques Wagner na disputa pelo governo da Bahia. Os militantes se abraçaram e muitos chegaram a chorar. Mano a mano – Ainda atordoados com a perspectiva de perder o governo da Bahia depois de 16 anos, pefelistas avaliavam ontem que Lula levou a melhor no bate-boca com ACM. E que Jaques Wagner se deu bem ao fazer a campanha petista mais explicitamente colada à imagem do presidente da República. Banzo – Além do desastre baiano, o PFL, em privado, dá como provável a derrota de Mendonça Filho para Eduardo Campos (PSB) no segundo turno em Pernambuco. Blocos 1 – Se houver segundo turno presidencial, Osmar Dias (PDT) deverá anunciar nos próximos dias apoio a Geraldo Alckmin (PSDB). A vantagem do tucano no Paraná e a associação entre Roberto Requião e Lula farão o senador pedetista, classificado para a etapa final, sair do muro. Blocos 2 – Rubens Bueno (PPS), o terceiro colocado no Paraná, já disse que não apóia Requião em nenhuma hipótese. Aliados de Osmar Dias trabalham para cativá-lo. Já o petista Flávio Arns, que se queixa de ter sido abandonado por seu partido em benefício de Requião, deve se abster no segundo turno.

Aproximação – Renan Calheiros (PMDB) tentará utilizar o crédito pelo apoio dado a Teo Vilela em Alagoas para tentar obter o aval do PSDB a seu plano de permanecer na presidência do Senado. O encolhimento do PMDB e o segundo turno presidencial são obstáculos no caminho do presidente da Casa. Novato – O senador virtualmente eleito pelo Piauí, João Vicente Claudino (PTB), é estreante na política. Venceu o veterano Hugo Napoleão (PFL) com uma campanha rica e se aliando ao PT de Lula e Wellington Dias. Sua família é dona de uma das maiores redes de lojas do Nordeste. Modesto – Dono da maior votação para deputado federal do Paraná, Gustavo Fruet (PSDB) se disse "emocionado", mas não perdeu o bom humor que o caracteriza: "Deve ter alguma coisa errada nessas urnas eletrônicas". Bancada – Emanuel Fernandes, Edson Aparecido e Júlio Semeguini, os três tucanos mais bem colocados no início da apuração para deputado federal em São Paulo, são alckmistas de carteirinha. Quem entra – Luiz Antônio Marrey, um dos nomes que devem deixar a prefeitura de SP para integrar a equipe de José Serra no governo, poderá ocupar a pasta da Justiça. Mas há tucanos que apostam na ida do ex-procurador-geral para a Segurança. Quem fica – Embora a disposição geral de Serra seja mudar tudo, um nome do atual secretariado deve sobreviver: Luiz Roberto Barradas Barata (Saúde), desde sempre mais próximo do governador eleito que do antigo chefe.

TIROTEIO

* O segundo turno levará à vitória de Alckmin. Agora, tudo ficou favorável a ele. Do senador Jorge Bornhausen (SC), presidente nacional do PFL, sobre o que ocorreria num segundo turno entre Lula e Geraldo Alckmin.

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