Reajuste
Curitiba deverá ter alta de 13,6%
Da Redação
Enquanto o valor da tarifa do transporte coletivo cai em Londrina, em Curitiba a passagem está prestes a ser reajustada. O último reajuste foi em 12 de janeiro de 2009, quando passou de R$ 1,90 para os atuais R$ 2,20, um aumento de 15,7%. Segundo o presidente da Urbs (empresa que gerencia o transporte coletivo na capital e nos municípios da região metropolitana integrados ao sistema), Marcos Isfer, na capital a tarifa passará para no mínimo R$ 2,50, o que representaria um aumento de 13,6%.
Na última quarta-feira, ficou definido que os motoristas e cobradores terão seus salários reajustados em 10%, o que, segundo a oposição ao prefeito Luciano Ducci na Câmara Municipal de Curitiba, terá um impacto de R$ 0,08 na tarifa. Na semana passada a Urbs confirmou a tarifa técnica em R$ 2,37. A tarifa técnica é um cálculo, baseado no número de passageiros, pelo qual se chega ao mínimo necessário para que o sistema não tenha prejuízos. Esse valor, somado aos R$ 0,08, chegaria a R$ 2,45, mas ainda não entrou na conta o valor referente ao reajuste dos combustíveis. O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), Rodrigo Corleto, também avalia que a tarifa deverá passar para um valor próximo a R$ 2,50.
A partir da zero hora de domingo o usuário do transporte coletivo de Londrina passará a pagar R$ 0,05 a menos para andar de ônibus na cidade. A tarifa vai baixar de R$ 2,25 para R$ 2,20. A redução será possível graças a um subsídio, financiado no primeiro ano com o aumento da arrecadação do Imposto sobre a Transmissão InterVivos de Bens Imóveis e de Direitos Reais Sobre Imóveis (ITBI) e que depois será incorporado ao orçamento do município. A previsão é de que o custo seja de R$ 6,3 milhões no primeiro ano.
Por mês, serão repassados R$ 560 mil às empresas de transporte coletivo, valor que será utilizado para cobrir as isenções. Atualmente, 28.066 estudantes pagam 50% da tarifa na cidade e outros 5.438 usuários têm 100% de isenção, entre eles portadores de deficiências, pessoas em tratamento médico contínuo e crianças e adolescentes em situação de risco.
Segundo o prefeito Barbosa Neto, a planilha elaborada pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina previa um reajuste de 4,25% na tarifa, que passaria de R$ 2,25 para R$ 2,35. Com o subsídio, de acordo com Barbosa Neto, a redução real será de R$ 0,15 de R$ 2,35, valor calculado pela CMTU, para R$ 2,20. Barbosa Neto sancionou ontem a Lei Municipal 1.123/2011, que prevê o subsídio. O projeto de lei foi aprovado no dia 18 pelos vereadores.
Segundo o secretário municipal da Fazenda de Londrina, Lindomar dos Santos, a princípio o subsídio terá validade de 12 meses e sua continuidade vai depender da arrecadação do próximo ano e do custo dos itens que compõem a planilha do transporte coletivo. Santos disse que o impacto dos R$ 6,3 milhões será de 1,5% na previsão orçamentária do município de 2011, que é de R$ 460 milhões. De acordo com o secretário, para este ano a previsão de arrecadação com o ITBI é de R$ 30 milhões. No ano passado foram arrecadados R$ 24 milhões.A redução não agradou alguns usuários do transporte coletivo. "Essa redução é insignificante. Não vai melhorar nada tirar R$ 0,05", disse a vendedora Ana Paula Loni. A dona de casa Viviane Oliveira também não viu benefícios. "Não melhora nada. Para mim essa redução é só para [o prefeito] dizer que fez alguma coisa." O auxiliar de serviços gerais Valdevino Lino Silva pediu uma redução maior. "Se querem mesmo ajudar o trabalhador deveriam reduzir para menos de R$ 2. Mas isso ninguém quer."
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