A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu ampliar o horário de funcionamento e cobrar tarifa para passageiros usarem a Linha 15-Prata do Metrô, o monotrilho da zona leste. Mas a linha ainda não funcionará no horário do Metrô (4h40 à meia-noite). A partir de segunda-feira, dia 10, o novo horário de operação da linha será das 7h às 19h, e a passagem custará R$ 3,50, o mesmo valor da rede.
A informação foi divulgada por nota na terça-feira (4), à noite. No texto, o governo do estado não explica quando a linha vai operar em horário normal. Também não informa qual será o prazo dessa nova rodada de testes. Quando as obras do monotrilho começaram, a promessa era de que esse primeiro trecho entraria em operação em março de 2014. Os testes com passageiros completam um ano neste mês.
“Por ser um sistema de transporte inédito em São Paulo, o monotrilho da Linha 15 terá seu horário de funcionamento ampliado gradativamente. Durante os horários em que estiver fechado para o público, o Metrô continuará realizando os protocolos de testes dos equipamentos, sistemas e trens, de forma a garantir seu bom funcionamento e permitindo que as novas composições possam ser usadas”, argumenta o texto do Metrô, sem dar mais detalhes sobre os testes.
Será a primeira vez que o monotrilho será testado em horários que coincidem com horários de pico da rede. O passageiro poderá, agora, embarcar na Estação Oratório - na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo, perto do cruzamento com a Avenida Alberto Ramos -, pagar a tarifa de R$ 3,50, andar 2,9 quilômetros no trem elevado até a Estação Vila Prudente (na mesma avenida) para, então, descer seis lances de escada rolante até a plataforma, na mesma estação, da Linha 2-Verde do Metrô, onde poderá se conectar ao restante da rede metroviária.
Na mesma nota em que anuncia o fim dos testes gratuitos, o Metrô afirma que “a Linha 15-Prata foi projetada para ser o modal de maior capacidade do mundo, podendo transportar até 48 mil pessoas por hora/sentido”. Conta o texto que “os trens trafegam a 15 metros de altura e têm sua operação totalmente automática”.
A nota afirma ainda que, quanto estiver pronta, a linha transportará meio milhão de pessoas por dia.
Mas o texto não crava uma data para a conclusão da obra, que foi orçada inicialmente em R$ 6,2 bilhões e deverá ter 26 km de extensão, com 18 estações. No momento, há apenas 10% desse tamanho disponível, com duas estações. A promessa é entregar mais 10 km de via, com oito estações, até São Mateus, e depois fazer a entrega das estações restantes, até Cidade Tiradentes, no extremo leste.
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