As tarifas cobradas nas rodovias pedagiadas do Paraná deverão ter correção média abaixo dos 8% porcentual aplicado em 2005 neste ano. A previsão é do presidente da regional paranaense da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto. Segundo ele, as concessionárias aguardam a divulgação do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) da primeira quinzena do mês para fechar o cálculo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) é responsável pelo índice.
Para obter o porcentual de aumento, além da média da inflação do período medida pelo IGP-M, as concessionárias acrescentam ao cálculo os valores de custos, investimentos, impostos e a média de tráfego estimado. A previsão é que o porcentual de correção seja anunciado na próxima semana.
Se as projeções se concretizarem, Chiminazzo diz que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão ligado ao governo do estado, deve aprovar sem maiores problemas o reajuste, que é previsto em contrato. Porém, não foi o que aconteceu nos últimos quatro anos, período em que o governo procurou barrar os reajustes, inclusive com medidas judiciais.
Assim que as concessionárias entregarem a previsão de reajuste, o DER terá cinco dias úteis para analisar as planilhas e apontar possíveis erros nos cálculos. "Como são cálculos simples, não deve haver maiores problemas", afirma Chiminazzo.
Procurado pela reportagem, o DER informou por meio da assessoria de imprensa que só se pronunciará sobre o assunto quando receber as planilhas de reajuste das concessionárias.
Para os próximos quatro anos, a ABCR aguarda um relacionamento cordial com o governo do estado. Até porque, afirma Chiminazzo, o governo federal, que tem o governo do Paraná como aliado, está adotando o sistema de pedágio em sete trechos de BRs. Com a liberação do Tribunal de Contas da União (TCU) na última quarta-feira, 2,6 mil quilômetros de rodovias federais do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro devem passar, em breve, para a administração privada. A previsão dos editais é para dezembro. "Com esse cenário, a relação tende a se tornar mais equilibrada", diz o presidente da ABCR.