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Brasília – O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) acusou ontem o adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, o tucano Geraldo Alckmin, de assumir seu "lado Pinochet" em referência ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet. Tarso criticou a declaração de Alckmin que se Lula vencer a eleição não conseguirá governar.

Para Tarso, a afirmação também revela um lado conservador do candidato tucano. "(Alckmin) está demonstrando seu lado mais perigoso, que é o lado Pinochet. Essa ameaça de dizer que o governo não vai começar, um governo que será eleito democraticamente pela população, revela um lado mais Opus Dei do que republicano (do tucano)", disse o ministro.

Privatizações

O ministro voltou a insinuar que se Alckmin for eleito fará privatizações. Uma prova disso, segundo Tarso, é que o candidato já anunciou que sua primeira medida será vender o Aerolula.

"No debate que ocorreu na Band ele demonstrou seu lado vendedor dizendo que iria privatizar o avião da República", alfinetou.

Apesar das críticas, o ministro reconheceu que a privatização do setor de telefonia foi importante para o país. "O resultado da privatização da telefonia foi positivo, barateou o telefone e mais pessoas puderam ter acesso. Não estou avaliando se deveria ou não ter sido privatizado. O que não concordamos é com o processo de privatização selvagem que ocorreu durante os oito anos do governo tucano."

O ministro acusou o governo Fernando Henrique de usar mal o dinheiro captado com as privatizações. "Eles privatizaram o ativo de U$ 100 bilhões para pagar dividas e a divida triplicou. Ou seja, ficou demonstrado que essa política foi irresponsável e uma política completamente contrária ao interesse do país", disse.

Tarso também rebateu as críticas de Alckmin de que o presidente Lula aparelhou o governo e que, se eleito, vai "despetizar" a administração pública. "Essa visão de despetizar não tem significado técnico nem político. É uma mera disputa eleitoreira. Não só o PT nomeou menos cargos de confiança do que eles, como também permanecem no governo vários cargos de confiança originários do governo anterior."

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