Entre 2000 e 2011, a taxa de analfabetismo mundial entre adultos caiu 1%. O número de adultos analfabetos em 2011 era 774 milhões e a projeção é que até 2015 esse número caia para 743 milhões. Os dados são do 11.º Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As informações são da Agência Brasil.
Segundo o documento, dez países respondem por 72% da população mundial de analfabetos. A Índia lidera a lista, que inclui também Paquistão, Brasil, China e Etiópia. Dos 774 milhões de adultos que não sabem ler ou escrever, 64% são mulheres.
De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais no Brasil foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.
Para cumprir o compromisso assumido no Acordo de Dacar (Senegal), o Brasil deve chegar a 2015 com taxa de analfabetismo de 6,7%.
Para a Unesco, o problema está relacionado com a má qualidade da educação e a falta de atrativos nas aulas e de treinamento adequado para os professores. No Brasil, menos de 10% dos professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).
O compromisso Educação para Todos traz seis metas que integram o Acordo de Dacar, assinado em 2000. Até 2015, os países devem expandir cuidados na primeira infância e educação, universalizar o ensino primário, promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos, reduzir o analfabetismo em 50%, alcançar a paridade e igualdade de gênero e melhorar a qualidade da educação.