Um taxista foi encontrado morto dentro de um táxi em chamas na noite desta terça-feira (3), por volta das 23 horas, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. O veículo foi achado pela Polícia Militar (PM) na Rua Santo Expedito, bairro Botiatuva depois que moradores da região ouviram explosões. Ao apagar as chamas, o corpo de Lauro de Oliveira Cesário, de 63 anos, foi localizado carbonizado no interior do carro. Inicialmente, a polícia informou que o crime teria acontecido durante a madrugada.

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A confirmação de que se trata mesmo do taxista que dirigia o veículo saiu no início da tarde desta quarta-feira (3). De acordo com informações do Instituto Médico Legal (IML), o motorista foi morto por ferimento de arma de fogo. A identificação foi possível pela arcada dentária da vítima.

Policiais relataram que uma das hipóteses investigadas é de latrocínio – roubo seguido de morte, mas até agora não foi possível determinar se algum objeto da vítima foi levado. Outra possibilidade é de um crime de execução, mas a polícia ainda não encontrou uma possível motivação para um homicídio. A vítima também não tinha passagens pela polícia.

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Quem investigará o caso para tentar chegar aos autores é a Delegacia da Polícia Civil de Campo Largo. O superintendente Juscelino Bayer disse que testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram que um jovem de aproximadamente 20 anos embarcou no táxi da vítima por volta das 22 horas. O rapaz estava próximo ao ponto de táxi e disse ao primeiro taxista que aguardava a mãe dele buscá-lo. "Tinha um carro na frente e um atrás do táxi do Lauro, mas o jovem esperou para embarcar no dele, ou por ser um alvo fácil para roubar, por ser idoso, ou por conta de uma execução", disse. Conforme depoimento dos taxistas, o suspeito parecia nervoso.

Manifestação

Desde as 11 horas, taxistas promovem um protesto em Campo Largo, na igreja matriz da cidade. No início da tarde, cerca de 200 pessoas se reúnem no local, de acordo com o taxista Moacir Juarez dos Santos. "Nossa manifestação é para pedir mais segurança. Quem trabalha durante a noite sabe que tem muito risco com essa rapaziada que mexe com droga e essas coisas", diz o motorista.

Santos revela que era amigo de Lauro. "Quando eu cheguei, às 11 horas, já estava todo mundo doido com o ocorrido e então fui para lá também. Ele era um cara amigo de todo mundo, uma pessoa boa, não entendo o porquê de terem feito isso com ele", lamenta.