Taxista de 23 anos é assassinado a facadas em Curitiba

Um taxista de 23 anos de idade foi assassinado durante uma tentativa de assalto, na madrugada deste domingo (18), no bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Wuiliam Felipe Cardoso foi atingido por várias facadas e morreu dentro do carro em que trabalhava. O crime teria sido cometido por dois bandidos que se passaram por clientes. Taxistas promovem uma manifestação para pedir segurança.

O crime ocorreu por volta das 5h30, na Rua José Otávio Meira dos Santos, no Sítio Cercado. Segundo informações da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), dois homens haviam pedido o táxi na Rua Izaac Ferreira da Cruz, próximo uma agência da Caixa Econômica Federal. A principal hipótese é de que o taxista tenha reagido à tentativa de assalto. Cardoso foi atingido por diversas facadas, inclusive uma no pescoço, que causou um ferimento profundo.

Dentro do carro, os policiais encontraram um celular com um chip, mas ainda não se sabe a quem o aparelho pertencia. O telefone pode ser usado nas investigações. A DFR deve recorrer também à análise de imagens de sistemas de monitoramento, para identificar os bandidos. “Na agência [bancária] tem câmeras que podem ter gravado o momento do embarque. Além disso, tem outras câmeras da prefeitura que podem ajudar”, disse o investigador Juarez Ferreira.

Antes de o caso ser repassado à DFR, policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram até o local do crime e chegaram a localizar testemunhas que podem contribuir com as investigações. O corpo do jovem deve ser liberado apenas após as 18 horas. O sepultamento ocorrerá no Cemitério Vertical.

O crime causou comoção entre a categoria. Na “Lig Táxi”, associação à qual Cardoso estava vinculado, muitos taxistas ligavam à procura de informações sobre o crime. Na início da tarde, cerca de 200 taxistas fizeram uma manifestação na Praça Eufrásio Correia, em frente ao prédio Histórico da Câmara Municipal. Cruzes e faixas pretas afixadas nos carros reforçavam o luto da categoria. Um dos cartazes dizia “Eu só quero voltar para a casa”.

“Ainda não sabemos o que aconteceu, se ele reagiu. Mas o fato é que a gente não tem segurança para trabalhar”, disse Abimael Mardegan, presidente do Sindicato dos Taxistas do Paraná. “Nós temos uma média de três taxistas assaltados por dia e a prefeitura, os órgãos, ninguém faz nada. Parece que os errados somos nós”, acrescentou o taxista Dickson Brian.

Os manifestantes devem partir em carreata até a DFR. Em seguida, pretendem seguir até o Sítio Cercado, no endereço onde o crime ocorreu. A manifestação deve se encerrar no início da noite deste domingo, no Cemitério Vertical.