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O táxi que, segundo a polícia, foi incendiado pelo acusado, em simulação de assalto | Divulgação
O táxi que, segundo a polícia, foi incendiado pelo acusado, em simulação de assalto| Foto: Divulgação
  • Sistema de monitoramento do veículo ajudou a polícia a descobrir a farsa
  • Marcelo Vitoriano do Prado é acusado de ter assaltado um taxista no dia 31 de dezembro

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba indiciou o taxista Andre Luiz Simões Massaroni, de 25 anos, por estelionato e falsa comunicação de crime. Segundo as investigações, o acusado simulou que o táxi que dirigia havia sido roubado por um casal, que, em seguida, teria ateado fogo ao veículo. Com a fraude, segundo a polícia, Massaroni esperava receber indenização do seguro e transferir a licença do táxi para outro veículo.

O crime ocorreu no dia 3 de dezembro. Massaroni registrou um boletim de ocorrência, afirmando que havia sido assaltado por um casal em frente ao Ceasa de Curitiba. O taxista disse que foi preso no porta-malas e que os assaltantes incendiaram o veículo. Ele só teria escapado ileso, porque conseguiu sair do carro antes da explosão.

De acordo com o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, chefe da DFR, a polícia apurou dados fornecidos pela cooperativa de motoristas de táxi. O sistema de monitoramento do carro apontou que o veículo não parou em frente ao Ceasa, contrariando o que Massaroni afirmou em depoimento. O mapeamento das informações revelou que o táxi passou pelo local a 79 km/h.

Outro fato que chamou a atenção dos policiais foi o desligamento do sistema de monitoramento a 800 metros do ponto onde o veículo foi incendiado. "Todos esses elementos aumentaram as suspeitas. O acusado foi chamado e acabou confessando que simulou o assalto", contou o delegado Guilherme Rangel, adjunto da DFR.

Indenização

Massaroni era afiliado de uma cooperativa de taxistas. O carro que ele usava estava em nome de um terceiro, já falecido. Por isso, o veículo estava em processo de inventário. Segundo a polícia, com a fraude, o acusado esperava receber a indenização do seguro da cooperativa, que corresponde a 100% do valor do veículo pela tabela Fipe.

Ainda de acordo com a polícia, Massaroni pretendia também transferir a licença do táxi para outro veículo. Com o carro incendiado, ele acredita que a Justiça aceitaria facilmente a transferência. "O acusado já havia inclusive preparado um outro carro, um Meriva, para trabalhar. Ele só aguardava a licença", disse Rangel.

Retrato-falado

A DFR chegou a divulgar retrato-falado do casal que teria assaltado Massaroni e incendiado o táxi. As imagens foram feitas com base no depoimento do taxista. Segundo a polícia, Massaroni descreveu bandidos que assaltaram um colega dele no dia 31 de dezembro. "Ele ficou sabendo deste caso e usou as informações para tentar aplicar o golpe", afirmou Rangel.

Apesar disso, a DFR identificou o autor deste assalto. O suspeito seria Marcelo Vitoriano do Prado, de 24 anos, que já tem mandado de prisão por homicídio qualificado expedido pela Comarca de Campo Largo. A foto dele foi divulgada nesta quarta-feira pela polícia. Qualquer informação pode ser repassada à DFR pelo telefone (41)3218-6100.

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