Um grupo de aproximadamente 30 taxistas protestou na manhã de ontem em Maringá contra a violência, reunindo-se por volta das 8 horas em uma praça no centro da cidade e saindo em carreata até uma delegacia da Polícia Civil. O motivo do protesto foi o assassinato do taxista Nelson Pereira Leal, 74 anos, na noite da última sexta-feira. "Estamos muito preocupados", diz o taxista Paulo da Silva, 65 anos.
O protesto durou aproximadamente uma hora e os manifestantes fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao profissional assassinado. Silva trabalhou por 15 anos com Leal e lembra que o amigo era tranqüilo, falava pouco e não tinha inimigos. Este foi o primeiro registro policial no ponto, que fica no cruzamento de duas avenidas. Nelson Leal foi morto após atender uma suposta corrida por volta das 19h40 de sexta-feira. Seu corpo foi encontrado no Jardim Montreal, com marcas de várias facadas, e o táxi foi deixado no Jardim Seminário uma hora e meia depois. O taxista trabalhava havia mais de 40 anos e deixou mulher e quatro filhos.
Os taxistas também reclamam da falta de iluminação em alguns pontos da cidade. O ponto onde Leal trabalhava estava sem luz havia mais de um mês. Outros taxistas que trabalham no local dizem ter reclamado com a prefeitura e, mesmo com protocolo registrado, não foram atendidos. A luz só foi religada na tarde de ontem e, para os taxistas, isso só ocorreu devido à repercussão provocada pela morte do colega.
A Polícia Civil prendeu na noite de sábado dois suspeitos do homicídio. Um deles tentava vender em um bar o celular da vítima. Ao ser preso, entregou o parceiro. Em depoimentos na delegacia, os suspeitos disseram que já conheciam o taxista e estavam sob efeito de drogas. O assalto rendeu R$ 140, trocados por pedras de crack.
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