Morte de taxista gera protesto no centro de Curitiba

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Manifestantes foram até o Palácio das Araucárias nesta tarde, mas ninguém os recebeu
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Cerca de 100 taxistas fecharam o cruzamento da Marechal Deodoro e Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Curitiba, por volta das 17h30 desta sexta-feira (29). Eles protestaram contra o assassinato do taxista Alex Palaniski, de 33 anos, morto na madrugada de quinta-feira (28). Dois suspeitos foram presos.

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Além de Palaniski, outros quatro teriam sido assassinados só neste ano, de acordo com os organizadores do ato. Um outro taxista quase perdeu a vida na semana passada durante um assalto. Vlamir Silvério, 46 anos, sofreu golpes de faca na cabeça durante a madrugada no bairro Boa Vista. Ele conseguiu fugir de outros golpes e foi levado em estado grave ao hospital. Nesta semana, Vlamir teve alta e está em casa, de acordo com informações de Adilson Silvério, administrador da Lig Táxi, empresa na qual Vlamir trabalhava.

Em discurso, proferido aos pedestres curiosos que pararam para observar o protesto, os taxistas alegaram que os taxistas sofrem uma média de 15 assaltos por noite. Os taxistas pediram por mais blitze no período noturno.

Os manifestantes saíram em carreata às 14h30 da frente do cemitério do Abranches, onde Palaniski foi enterrado. O grupo seguiu até o Palácio das Araucárias, sede do governo estadual, no Centro Cívico, e fizeram um buzinaço. Segundo Edson Lourenço, taxista há 15 anos e um dos organizadores do protesto, ninguém do governo quis recebê-los. De lá, os taxistas percorreram a Marechal Deodoro. Três das quatro pistas da via foram bloqueadas. O trânsito foi liberado pouco antes das 18 horas.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar foi contatada pela reportagem no final da tarde e prometeu uma resposta em breve sobre as queixas dos taxistas. A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) disse que a resposta do último caso foi dada com a prisão dos suspeitos de terem matado Palaniski. Sobre as outras reclamações, a secretaria destacou que o Comando do Policiamento da Capital (CPC) tem convênios e meios de comunicação diretos com os taxistas.

Assassinato

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Alex Palaniski, de 33 anos, foi encontrado morto dentro de seu taxi na madrugada de quinta-feira na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Ele foi baleado na cabeça. O táxi, um Fiat Palio identificado com o prefixo 1496, estava parado na Rua Ciro Correia Pereira.

Segundo o superintendente da Delegacia de Furtos e Roubos, Carlos da Velha, dois homens que haviam tomado o táxi no bairro Água Verde, anunciaram um assalto quando chegaram à Rua Ciro Correia Pereira, em frente à entrada do Conjunto Vitória Régia, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

No fim da tarde do mesmo dia, dois homens foram presos. De acordo com a polícia, Maicon Ramos da Silva e Elton Paulino Baltazar, ambos de 19 anos, confessaram o crime, inclusive dando detalhes da ação.

"Ambos os bandidos estavam no banco de trás do carro. Quando o taxista, que era um homem grande, se mexeu, eles se assustaram e um deles acabou disparando na cabeça da vítima", conta o superintendente. Logo após o disparo, os dois teriam fugido sem levar nada. Mesmo sem haver roubo, como foi feita uma tentativa de assalto seguida de homicídio, os dois serão indiciados por latrocínio, segundo da Velha.

A investigação começou a partir da identificação do telefone por meio do qual foi feita a última chamada para o táxi de Palaniski. "Com o número do telefone conseguimos localizar o endereço de onde partiu a ligação e acabamos chegando aos suspeitos, que acabaram confessando o crime", conta o policial. Segundo o superintendente, os presos foram encontrados no Conjunto Vitória Régia, próximo ao local onde ocorreu o assassinato.

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