Matinhos Uma manifestação de taxistas pedindo mais segurança marcou a manhã da Quarta-Feira de Cinzas em Matinhos, no litoral paranaense. Cerca de 25 motoristas protestaram contra o assassinato do colega de profissão Antônio Carlos Freitas Agostinho, 42 anos, que foi morto com um tiro no pescoço, na madrugada de ontem.
Acompanhados por policiais militares, os taxistas percorreram vários bairros, passando inclusive pelo local do assassinato. O ato terminou na frente da Delegacia de Polícia Civil. O presidente da Associação dos Taxistas de Matinhos, Sandro Rogério Prappel, pediu mais segurança para a classe trabalhar. "Se houvesse mais blitz da polícia pedindo os documentos dos passageiros, nós trabalharíamos mais tranqüilos", disse.
Willian Gleyton Jacomel Rocha, 19 anos, e dois adolescentes de 17 anos estão detidos acusados do assassinato. Segundo o delegado Vilson Alves de Toledo, os três assumiram a autoria do crime. Os acusados seriam de Paranaguá e teriam ido a Guaratuba para o carnaval. Sem dinheiro para voltar para casa, chegaram em Matinhos e entraram no táxi da vítima com a intenção de roubar o veículo, explica o delegado.
Um dos adolescentes teria orientado o taxista a percorrer o caminho até a Rua Francisco José Silvano, no bairro Sertãozinho. No local o menor deu voz de assalto, apontando um revólver calibre 38 para a vítima. Agostinho teria tentado desarmar o assaltante, mas acabou sendo atingido no pescoço e morreu na hora. Os três fugiram no veículo da vítima e foram detidos próximos a um viaduto na PR-508.
O taxista vivia em Matinhos há 17 anos e tinha três filhos, sendo o mais novo um bebê de apenas 10 meses. Ele ainda cuidava de duas enteadas, filhas da atual mulher, com a qual estava casado há oito anos. A esposa Luciana Fátima Correia conta que Agostinho trabalhava como motorista de caminhão durante o dia e como taxista à noite para sustentar a família. "Ele disse que ia parar de trabalhar como taxista. Só ia trabalhar os quatro dias de carnaval e foi o último dia", conta.
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