A Polícia Federal pagou R$ 1,9 milhão a uma empresa israelense pelo treinamento de cada piloto dos veículos aéreos não tripulados (Vants), os chamados aviões espiões, que já operam na fronteira do país. A constatação é do Tribunal de Contas da União (TCU), que considerou o valor "desproporcional". O TCU cobrou explicações à cúpula da instituição, incluindo o ex-diretor-geral Luiz Fernando Corrêa e a ex-diretora de Inteligência Mara Toledo de Santana. Conforme auditoria no contrato com a Israel Aerospace Industries (IAI), que forneceu os Vants e a capacitação aos policiais, os cursos teórico e prático para 13 operadores do sistema custaram US$ 13,43 milhões (R$ 24,6 milhões). A cifra representa quase a metade dos US$ 27,9 milhões (R$ 51,23 milhões) empregados na compra das duas aeronaves já no país. Uma delas monitora a tríplice fronteira, no Paraná.
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