Brasília – O Tribunal de Contas da União (TCU) poderá condenar o ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Luiz Gushiken, por irregularidades na distribuição de panfletos institucionais de divulgação do governo Lula pelo PT. As duas empresas de publicidade encarregadas de produzir o material gráfico – a Duda Mendonça & Associados e Matisse – também poderão ser processadas

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As irregularidades na contração e destino de 2 milhões de exemplares de um total de 5 milhões de revistas e encartes que a Secom mandou produzir estão sendo apuradas pelo TCU depois que auditoria técnica do tribunal apontou superfaturamento na aquisição do material e não encontrou provas da sua produção e distribuição.

Segundo reportagem da revista "Veja" desta semana, a auditoria do TCU notou que faltava a comprovação de R$ 11 milhões de gastos da Secom para a produção dos folhetos, que continham propaganda do governo e críticas à administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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A reportagem informa que a Secom não reconheceu o diagnóstico de superfaturamento e alegou que, por orientação de duas agências de publicidade contratadas pela Presidência da República, os quase 2 milhões de encartes e revistas suspeitos não foram entregues mesmo à Secom, que os encomendara, ou a qualquer outro órgão público, como manda a lei. Foram encaminhados diretamente a diretórios municipais do PT. O relator do processo, ministro Ubiratan Aguiar, considerou que houve uma inadmissível confusão entre os interesses do governo e os de uma partido político.