Brasília (AE) O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), responsável pela área de transportes, recebeu até ontem 104 relatórios preliminares nos quais as equipes de analistas do órgão apontam indícios de irregularidades nas obras da Operação Tapa-Buracos, iniciada pelo governo em 9 de janeiro.
"O problema mais gritante, até agora, é a execução de obras sem contrato, além da falta de qualidade em alguns serviços", disse o ministro.
Nardes aguarda agora as respostas das unidades regionais do Departamento Nacional de Infra-Estrutura (Dnit) sobre as dificuldades apontadas pelos técnicos do Tribunal de Contas.
Essas justificativas serão encaminhadas aos escritórios estaduais do TCU, que, então, apresentarão os pareceres ao ministro para que este possa entregar o relatório ao plenário do tribunal.
Força-tarefa
Desde fevereiro, o TCU toca uma força-tarefa para inspecionar as obras do programa federal de recuperação de rodovias, alvo de críticas de parlamentares da oposição e de técnicos da área de rodovias.
Ao todo, o governo pretende restaurar 26.700 quilômetros de estradas por meio da operação.
Ontem, o Dnit publicou no "Diário Oficial" da União (DOU) uma portaria na qual estabelece os procedimentos que deverão ser adotados no recebimento das obras da Operação Tapa-Buracos.
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