Em Curitiba, o Instituto de Identificação do Paraná também confecciona retratos falados para delegacias especializadas, como o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). A experiência de 30 anos do arquiteto Roberval Coutinho em produzir os desenhos possibilitou a criação de uma técnica de envelhecimento de imagens de crianças desaparecidas, inédita no país.
O método é realizado pelo processo digital. Assim como os retratos falados são construídos no computador, o envelhecimento da imagem também pode ser produzido por meio de um programa utilizado para editar fotos.
O projeto começou a ser desenvolvido em 1990. Os primeiros trabalhos começaram com modificações em fotografias de indivíduos procurados pela polícia, como o acréscimo de um bigode ou barba ou ainda a mudança no cabelo. A partir de 1994, com o desaparecimento constante de crianças no estado, surgiu a proposta de desenvolver uma metodologia para atualizar a imagem de crianças.
Até agora, cinco retratos envelhecidos já foram desenvolvidos. Coutinho explica que a técnica é mais demorada. Enquanto um retrato falado leva de uma a cinco horas para ser produzido, a atualização de uma imagem precisa de 30 dias para ficar pronta. "É preciso pesquisar muito, olhar fotos dos pais, irmãos e demais familiares, acompanhar a mudança da fisionomia durante a evolução e tentar reconstituí-las na imagem da criança", explica. Nas próximas semanas, o arquiteto deve estar em Brasília para o lançamento de mais dois retratos envelhecidos. (AA)
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