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Os primeiros corpos de vítimas do acidente do voo 447 chegaram a Fernando de Noronha, de helicóptero, pouco antes das 10h desta terça-feira (9). O trabalho de identificação das vítimas já começou.

O Airbus da Air France, que fazia o voo 447, caiu no domingo, dia 31, depois de decolar do Rio de Janeiro, em direção a Paris. A bordo, estavam 228 pessoas.

Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira buscaram os corpos que estavam na Fragata Constituição, da Marinha. A embarcação estava a cerca de 50 quilômetros do arquipélago.

No total, 28 corpos já foram resgatados, segundo a Marinha e a Aeronáutica. Doze corpos permanecem na Fragata Bosísio, que está na região das buscas.

Oito técnicos da Polícia Federal e da Polícia Científica de Pernambuco já estão trabalhando no reconhecimento.

Os corpos, que estão sendo mantidos a uma temperatura de 18ºC negativos, são levados para duas câmeras, onde começa o trabalho de pré-identificação.

Cada corpo resgatado recebe uma numeração. Os objetos pessoais, como roupas, anéis, documentos, além de cicatrizes e tatuagens, vão ser fotografados e catalogados.

Impressões digitais e material genético também estão sendo coletados. Em seguida, os corpos seguem de avião para o Recife, em câmaras refrigeradas, onde vão ser feitas as necropsias. Se, ainda assim, não for possível fazer a identificação, serão realizados exames de DNA e confrontados com as amostras de saliva, fios de cabelo e sangue já recolhidos dos parentes das vítimas do Airbus.

Os exames de DNA serão processados no laboratório do Departamento da Polícia Federal, em Brasília, que tem uma estrutura parecida com a de um laboratório paulista. O DNA, que carrega informações genéticas, será processado em uma máquina, onde serão feitas milhares de cópias da cadeia genética.

Depois as amostras vão para um sequenciador, responsável pela leitura do perfil genético da pessoa. O computador compara as amostras da vítima com as do parente. No caso da vítima ser um estrangeiro, as informações para o exame deverão ser fornecidas pelo país de origem do passageiro.

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