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Matheus Tomio mostra o protótipo da pulseira que começou a desenvolver no ensino médio | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Matheus Tomio mostra o protótipo da pulseira que começou a desenvolver no ensino médio| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Saúde

Controle de atividade física impulsiona novos hábitos

Como forma de fazer um acompanhamento individual e bastante preciso, surgiram no mercado pulseiras que monitoram cada passo dado por uma pessoa durante o dia. Aparelhos como o Fuelband e o Jawbone Up fornecem informações sobre o número de passos dados, quilômetros andados, calorias ingeridas e até a qualidade do sono de quem os usa. Os dados são sincronizados em aplicativos para iPhone e Android e podem ser comparados com o desempenho de outras pessoas que usam o mesmo sistema. De acordo com o professor de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Julimar Pereira, as pulseiras podem auxiliar muito, principalmente esportistas. "Esse tipo de equipamento oferece uma informação bastante precisa e detalhada que pode influir muito no treino", afirma. Para Pereira, esse tipo de tecnologia pode ser usado para modificar os hábitos de vida. "Esse tipo de pulseira mostra tudo o que está se passando com a pessoa e pode ser utilizada como um alerta, para mudar alguns hábitos", diz.

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Como você avalia o avanço tecnológico para desenvolver mecanismos de controle portáteis? Em que isso também poderia ser usado?

O desenvolvimento de componentes cada vez menores tem aberto caminho para que novas tecnologias portáteis sejam criadas. E é nesse contexto que pulseiras eletrônicas tornam-se os utensílios mais apropriados para que ideias inovadoras sejam usadas. Algumas monitoram sinais vitais e controlam as atividades físicas praticadas no decorrer do dia. Agora, um mecanismo similar idealizado por um estudante curitibano promete dar mais segurança a crianças.

Matheus von Bivenickzo Tomio, 22 anos, estudante do 3.º ano de Engenharia de Controle e Automação na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), desenvolveu uma pulseira que controla a distância entre pais e filhos, evitando que a criança se perca ou seja esquecida dentro de um veículo.

Ideia

A ideia surgiu quando Tomio ainda estava no ensino médio, em 2007. Ao ver no noticiário casos de crianças sequestradas ou esquecidas por seus pais, o jovem resolveu usar a tecnologia para tentar resolver o problema. Com a ajuda do pai, Tomio iniciou o projeto da pulseira Bebê a Bordo e o começou a desenvolvê-lo quando entrou na faculdade.

A proposta é de que pais e filhos usem a pulseira. Quando eles se afastam por mais de dez metros, a pulseira do pai vibra e a do filho, além de vibrar, emite um sinal sonoro para que ele possa ser encontrado rapidamente. A pulseira é adaptável e pode ser usada por qualquer pessoa que esteja com a criança. "Se a vida de uma criança for salva pelo uso da pulseira, tudo já terá valido a pena", afirma Tomio.

Família

De acordo o orientador do estudante no projeto e coordenador do curso, professor Ricardo Diogo, a pulseira criada por Tomio vem para dar mais segurança às famílias. "Não existia nenhum produto no mercado que tivesse esse intuito. A pulseira Bebê a Bordo vem para garantir a segurança familiar", diz.

O equipamento ainda não está à venda, mas, de acordo com Tomio, a intenção é de que ela esteja no mercado até o início do ano que vem. "A pulseira deve ter um preço bastante acessível para que possa ser bastante difundida", comenta.

O jovem ainda afirma que pretende diversificar a pulseira para que ela também seja usada por idosos e esportistas. De acordo com o estudante, idosos que sofrem de doenças como o Alzheimer e pessoas que praticam esportes de risco também podem ser beneficiados pela tecnologia. "Desenvolvemos também uma pulseira que utiliza o GPS como principal tecnologia. Com ela, caso o idoso ou o esportista se percam, a sua localização pode ser facilmente encontrada pela polícia ou bombeiros", conclui.

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