O desenvolvimento de componentes cada vez menores tem aberto caminho para que novas tecnologias portáteis sejam criadas. E é nesse contexto que pulseiras eletrônicas tornam-se os utensílios mais apropriados para que ideias inovadoras sejam usadas. Algumas monitoram sinais vitais e controlam as atividades físicas praticadas no decorrer do dia. Agora, um mecanismo similar idealizado por um estudante curitibano promete dar mais segurança a crianças.
Matheus von Bivenickzo Tomio, 22 anos, estudante do 3.º ano de Engenharia de Controle e Automação na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), desenvolveu uma pulseira que controla a distância entre pais e filhos, evitando que a criança se perca ou seja esquecida dentro de um veículo.
Ideia
A ideia surgiu quando Tomio ainda estava no ensino médio, em 2007. Ao ver no noticiário casos de crianças sequestradas ou esquecidas por seus pais, o jovem resolveu usar a tecnologia para tentar resolver o problema. Com a ajuda do pai, Tomio iniciou o projeto da pulseira Bebê a Bordo e o começou a desenvolvê-lo quando entrou na faculdade.
A proposta é de que pais e filhos usem a pulseira. Quando eles se afastam por mais de dez metros, a pulseira do pai vibra e a do filho, além de vibrar, emite um sinal sonoro para que ele possa ser encontrado rapidamente. A pulseira é adaptável e pode ser usada por qualquer pessoa que esteja com a criança. "Se a vida de uma criança for salva pelo uso da pulseira, tudo já terá valido a pena", afirma Tomio.
Família
De acordo o orientador do estudante no projeto e coordenador do curso, professor Ricardo Diogo, a pulseira criada por Tomio vem para dar mais segurança às famílias. "Não existia nenhum produto no mercado que tivesse esse intuito. A pulseira Bebê a Bordo vem para garantir a segurança familiar", diz.
O equipamento ainda não está à venda, mas, de acordo com Tomio, a intenção é de que ela esteja no mercado até o início do ano que vem. "A pulseira deve ter um preço bastante acessível para que possa ser bastante difundida", comenta.
O jovem ainda afirma que pretende diversificar a pulseira para que ela também seja usada por idosos e esportistas. De acordo com o estudante, idosos que sofrem de doenças como o Alzheimer e pessoas que praticam esportes de risco também podem ser beneficiados pela tecnologia. "Desenvolvemos também uma pulseira que utiliza o GPS como principal tecnologia. Com ela, caso o idoso ou o esportista se percam, a sua localização pode ser facilmente encontrada pela polícia ou bombeiros", conclui.