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Mobilidade

Tecnologia para encontrar saída no trânsito caótico das grandes cidades

Encontrar espaço entre os 1,4 milhão de veículos que rodam nos 4,5 mil quilômetros de ruas em Curitiba tem se tornado uma tarefa cada vez mais difícil. A busca por alternativas que deixem a vida sobre o asfalto menos tortuosa é trabalho para uma comissão da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). Estudiosos de universidades do Paraná e agentes públicos têm se debruçado desde setembro do ano passado sobre uma mesa de reuniões cheia de propostas para analisar como o município pode sair do congestionamento.

O maior desafio é promover mudanças concretas no dia-a-dia. Segundo o coordenador de fiscalização eletrônica da Setran, Márcio Geferson de Souza, o grupo apresentará, em 90 dias, um panorama do que já foi avaliado. Não há um prazo estabelecido para conclusões e a proposta da equipe é manter uma rotina de análise permanente sobre o que há de novidade tecnológica aplicada no trânsito.

Em consequência disso, a reportagem selecionou cinco opções (veja os textos ao lado) que têm sido usadas e analisadas mundo afora no controle de tráfego. Uma das ideias é o Microcóptero, invento de Jó Ueyama, professor Departamento de Sistemas de Computação da Universidade de São Paulo (USP-Campus São Carlos). O aparelho é um veículo aéreo não tripulado (vant) de pequeno porte feito para monitorar o trânsito e até ser usados em áreas de enchentes e regiões de difícil acesso.

"Ele pode ter várias aplicações. No caso do trânsito, ele capta o que está ocorrendo na frente e pode transmitir para os veículos de trás ou até enviar os dados para outra rodovia", explica Ueyama. Isso faria, por exemplo, com que motoristas diminuíssem a velocidade assim que soubessem de um acidente adiante.

Segundo o professor, o microcóptero usa um padrão de transmissão ainda não difundido no Brasil, devido a pouca quantidade de carros fabricados com a opção de internet. Os fabricantes dos Estados Unidos, por exemplo, deverão vender todos os seus veículos obrigatoriamente com o mecanismo de recepção wi-fi até o fim do ano que vem. O microcóptero custou US$ 5 mil para ser construído pelo pesquisador, mas para o mercado comum custaria R$ 20 mil para fabricá-lo.

Em Curitiba, um carro parado em local estratégico pode substituir o microcóptero. A ideia ainda está em fase de análise.

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