Orientação
Crianças e adolescentes dominam as tecnologias, mas para a educadora Cristiana Mattos Assumpção, pais e professores não podem abandoná-los à própria sorte. Confira algumas orientações:
Pais
- Acompanhem o que seus filhos estão fazendo na internet
- Coloquem o computador em lugar público
- Configurem a máquina para uso seguro
- Criem regras de uso responsável junto com os filhos
- Limitem o tempo de uso. Estimulem os filhos a realizarem também outras atividades
Educadores
- Usem as ferramentas que os alunos usam, para entender como elas funcionam
- Usem as tecnologias para suas atividades diárias, para ficarem confortáveis com seu uso
- Criem junto com os alunos regras de uso responsável
- Acompanhem o que os estudantes estão fazendo on-line
- Criem projetos para aproveitar os pontos positivos que a tecnologia oferece
Ensino
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Eles estão antenados a todo momento. Fazem várias tarefas ao mesmo tempo e o computador é o protagonista de suas atividades diárias, seja para estudar ou se divertir. Guilmour Rossi, 16 anos, aluno do 3º ano do ensino médio, é um típico adolescente desta geração. Em casa, ele deixa o computador sempre ligado e, quando está no colégio, não dispensa o uso do celular. O estudante, entretanto, utiliza a tecnologia de forma responsável: na hora de estudar, minimiza as páginas das redes sociais e fica longe dos jogos. "Com a tecnologia temos uma enorme facilidade no acesso à informação e ao conhecimento. Uma pena é o grande tempo desperdiçado pelos jovens no computador. Muitos ficam horas ali e não aproveitam de maneira produtiva este tempo", diz.
Alunos como Guilmour mostram como a tecnologia pode ser benéfica à relação professor/estudante. As questões que giram em torno desse assunto foram discutidas durante a 19.ª Educar Educador, feira internacional de educação que teve início ontem, em São Paulo, e prossegue até sábado. No painel Mobile Learning: Transformando Alunos em Agentes da Própria Aprendizagem em uma Perspectiva Interdisciplinar, os convidados levantaram pontos positivos e negativos das tecnologias aplicadas à educação.
Especialistas indicam que, neste processo, o docente é um elemento altamente estratégico, pois auxilia os alunos a selecionarem melhor as alternativas de acesso à informação. Por outro lado, a preocupação dos gestores e educadores é que o professor seja facilmente dispensável. Para que isso não aconteça, dizem os especialistas, o professor precisará estar constantemente atualizado para não se tornar um elemento descartável.
Para a educadora Cristiana Mattos de Assumpção, coordenadora de Tecnologia Educacional do Colégio Bandeirante, de São Paulo, é preciso incorporar a tecnologia na cultura da escola, permitindo, inclusive, o uso de celulares dentro da sala de aula. Para chegar a esse ponto, ela conta que foi necessária a realização de um projeto permanente na instituição. Os esforços começaram em 2008, primeiramente com a sensibilização dos educadores e posteriormente com o envolvimento dos alunos, pais e funcionários.
"Nossa preocupação sempre foi de capacitar primeiro os professores", afirma. O projeto envolve pesquisas constantes para identificar os hábitos dos alunos e contempla cursos e palestras sobre Ética, Cidadania Digital e Direito de Imagem, entre outros assuntos. Outro ponto forte do projeto é a criação de cartilhas de uso responsável das novas tecnologias, elaboradas e discutidas entre alunos e professores.
Aulas mais atrativas e dinâmicas
Matheus Domanski, 16 anos (foto), aluno do 2º ano do ensino médio, acredita que a tecnologia é a ponte que liga o aluno ao professor. "Ajudamos o professor levando informações que encontramos na internet para agregar à aula. Já o professor indica sites que podem nos ajudar e usa a tecnologia para deixar as aulas mais atrativas e dinâmicas", diz. Para o educador Daniel de Queiroz Lopes,o grande problema é a escola e o docente que continuam pensando em hierarquia e têm dificuldade de relacionamento com seus alunos.
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