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As mudanças climáticas serão drásticas no futuro e poderão redesenhar o mapa agrícola brasileiro. A previsão é do agrometeorologista Eduardo Delgado Assad, chefe da Embrapa Informática Agropecuária, com sede em Campinas (SP), e foram apresentadas na semana passada, em Londrina, durante o 4.º Congresso Brasileiro de Soja, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Segundo Assad, a principal conseqüência será a elevação da temperatura. Pelas previsões menos pessimistas, as temperaturas médias no Brasil subirão 1º C até 2020 e 5,8º C em cem anos. "Com isso, as plantas aumentarão a fotossíntese e os veranicos terão conseqüências mais danosas que os atuais", prevê o pesquisador.

Na avaliação de Assad, o aquecimento provocará mudanças na geografia agrícola brasileira. Soja e milho "subirão" para estados que hoje não produzem esses grãos. Trigo, café e laranja farão o caminho inverso, em busca das temperaturas mais amenas do Sul. Outro resultado do efeito estufa serão invernos mais curtos no Hemisfério Norte, beneficiando Europa e Estados Unidos, principalmente, que terão ampliada sua janela de plantio.

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