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Estragos

Tempestade deixa 1,8 mil desabrigados no Paraná

Destruição: em todo o estado, 3,1 mil casas foram atingidas por ventos que chegaram a até 115 quilômetros por hora | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
Destruição: em todo o estado, 3,1 mil casas foram atingidas por ventos que chegaram a até 115 quilômetros por hora (Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina)
Aeroporto de Arapongas: monomotor arrastado pela força do vento |

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Aeroporto de Arapongas: monomotor arrastado pela força do vento

Casa destruída em Cascavel: Região Oeste foi das mais afetadas |

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Casa destruída em Cascavel: Região Oeste foi das mais afetadas

Árvore caída em Londrina: cidade decretou estado de emergência |

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Árvore caída em Londrina: cidade decretou estado de emergência

Veja a relação de municípios afetados e alguns estragos em razão das fortes chuvas |

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Veja a relação de municípios afetados e alguns estragos em razão das fortes chuvas

Santa Helena - Mais de 3,1 mil casas foram danificadas pela tempestade e pelos fortes ventos que atingiram várias regiões do Paraná en­­tre quarta-feira e a madrugada de ontem. De acordo com a Coor­denadoria Esta­dual de Defesa Civil do Paraná, até o fim da tarde de ontem 32 municípios haviam registrado alguma ocorrência em função do vendaval. No total, quase 1,8 mil pessoas tiveram de sair de suas casas e uma morreu.

As regiões Oeste e Sudoeste fo­­ram as mais prejudicadas pelos ventos, que ultrapassaram os 100 quilômetros por hora, e pela queda de granizo. Nos 16 municípios afetados, 350 mil unidades consumidoras ficaram em algum mo­­mento sem energia elétrica. Mate­lândia contabilizou 350 residências danificadas. Com o destelhamento de um armazém, a chuva encharcou 120 toneladas de milho e trigo estocadas. O vendaval derrubou três torres de transmissão.

Nas cidades de Palotina e Dia­mante do Oeste, além do vendaval houve queda de granizo. Mais de 120 casas foram destelhadas. No município de Iguatu, 25 pessoas ficaram levemente feridas. Em Ubiratã, o temporal que durou cerca de 30 minutos obrigou a família da dona de casa Maria Ribeiro, 42 anos, a dormir dentro do carro. "Era o lugar mais seguro para a gen­te se proteger das pedras de gelo. Algumas eram do tamanho de uma laranja", conta.

O agricultor Nivaldo Lessa, proprietário de um aviário, acredita que os prejuízos com o granizo devem passar de R$ 10 mil. Ele teve o aviário e o carro destruídos. "Perdi mais de 11 mil frangos mortos, afogados e com pedradas de granizo", contabiliza. Ventos também de 115km/h e um pequeno tornado – tempestade na qual se forma uma nuvem semelhante a um funil que chega a tocar o solo – causaram prejuízos em Am­­pére, no Sudoeste, destelhando 30 casas.

Na localidade de Cavaco, próxima a Cantagalo, na Região Central, 100 casas foram destelhadas e três pessoas tiveram ferimentos leves. Os bombeiros de Guarapuava também prestaram atendimento em Goioxim, onde 110 residências fo­­ram destelhadas e o abastecimento de energia elétrica ficou suspenso temporariamente. "O colono se pega nesse momento já sem di­­nheiro e agora sem casa, o que vai fazer? Tem de ajudar", comentou o prefeito Olivo Agos­tinho Calsa.

Norte e Noroeste

Já em Maringá, no Noroeste, o temporal que atingiu a cidade no início da madrugada foi classificado co­­mo o pior do ano. A estação me­­teo­rológica do Aeroporto Silvio Name Junior registrou ven­­­tos de 115 km/h. A Copel informou que 7,5 mil residências ficaram sem luz.

Cerca de 300 alunos de vários cursos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) ficaram sem aulas ontem de manhã por causa do alagamento de dez salas. Uma grande quantidade de água entrou pelo teto do segundo andar do Bloco G-56, pela rede elétrica e pelos corredores. De acordo com o titular da prefeitura do câmpus, Lourival Domin­gos Zamuner, parte do bloco foi destelhado. Não há previsão de quando as salas atingidas serão liberadas.

Até o Corpo de Bombeiros foi vítima do vendaval de ontem em Umuarama. O vento derrubou uma torre de comunicação e prejudicou os telefones da corporação. Vítimas do temporal não conseguiram pedir ajuda pelo 193 e tiveram de recorrer à Guarda Muni­cipal e à Polícia Militar. Em Cruzei­ro do Oeste, o caminhão dos bombeiros comunitários ficou atolado e uma máquina da prefeitura teve de retirar o veículo da lama.

A Polícia Rodoviária Estadual informou que praticamente todas as rodovias da região enfrentaram problemas com queda de árvores. A falta de energia elétrica na estação da captação da Sanepar, no Rio Piava, deixou parte de Umuarama sem água.

O forte vendaval derrubou apro­­ximadamente 50 árvores em Londrina e deixou cerca de 150 ca­­sas destelhadas. O prefeito Bar­­bosa Neto (PDT) decretou situação de emergência no município. Sol­dados do Tiro de Guerra foram convocados para ajudar a população na reconstrução das casas. No aeroporto de Arapongas, um monomotor que estava parado na pista foi arrastado pela força do vento e teve uma das asas quebrada.

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