Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
defesa civil

Tempestades danificam mais de 9 mil casas em Rolândia; no PR são 9,9 mil

Foto desta quarta-feira (13) mostra o nível alto do Rio Tibagi na altura de Jataizinho | Divulgação/Cordenadoria da Defesa Civil do Estado do Paraná
Foto desta quarta-feira (13) mostra o nível alto do Rio Tibagi na altura de Jataizinho (Foto: Divulgação/Cordenadoria da Defesa Civil do Estado do Paraná)

O temporal que castiga parte do Paraná desde sábado (9) deixou 9.010 casas danificadas na cidade de Rolândia, no Norte do estado. O número representa 90% das residências afetadas em todo o território paranaense, que teve 9,9 mil moradias danificadas. O poder público municipal informa que várias casas apresentaram grandes e graves rachaduras, foram alagadas e muros caíram. Das 57 casas completamente destruídas em todo o estado, 50 foram na cidade.

A situação mais grave em todo o Paraná, segundo o último boletim da Defesa Civil, divulgado às 14 horas desta quinta-feira (14), é exatamente em Rolândia, onde há mil pessoas desalojadas. Eles foram atingidos pelas chuvas que ocorreram entre o último sábado e segunda-feira (11), mas só na quarta-feira (13), a Defesa Civil local notificou a estadual, em Curitiba. Outras 36 pessoas estão em abrigos públicos (ou seja, são classificadas como desabrigadas).

Na cidade, ainda, há uma pessoa desaparecida. Um motorista de ônibus tentou atravessar uma enxurrada, na segunda-feira (11), e o veículo foi levado pela força da água. Até a manhã desta quinta, ele não foi encontrado.

Em todo o Paraná, o novo boletim da Defesa Civil aponta que as tempestades mantêm 1.622 pessoas desalojadas No boletim anterior, o número de desalojados era de 1. 692. O órgão ponta ainda que 45 cidades foram atingidas pelas fortes chuvas, afetando diretamente 60,6 mil pessoas – no boletim anterior, foram contabilizadas 56 mil. Dessas, 68 permanecem desabrigadas. A cidade de Rolândia também a que mais tem pessoas afetadas pelos temporais - 36.240. Algumas cidades já decretaram situação de emergência.

Na terça-feira (12), três ocorrências foram registradas na Região Metropolitana de Curitiba. Em Araucária, a erosão da margem de um rio danificou três casas. Um deslizamento em Fazenda Rio Grande danificou dez casas, e desalojou 72 pessoas. Em Rio Negro houve enxurradas, mas ninguém foi afetado.

Jataizinho, no Norte Pioneiro, concentra o maior número de afetados diretamente pela chuva, com 6,4 mil pessoas – 150 pessoas permanecem desalojadas.

Sem água e sem previsão de retorno

As fortes chuvas que caíram sobre o estado interromperam o abastecimento de água, parcial ou totalmente, em 12 cidades, segundo a Sanepar. Não há, até o momento, previsão de normalização do abastecimento na maioria das cidades. Caminhões-pipa estão atendendo situações emergenciais, como hospitais, postos de saúde, creches e asilos. A orientação da empresa é para que, em situações como esta, a população use a água de forma racional, priorizando a alimentação e a higiene, sem desperdiçar. Em Maringá, a situação deve começar a ser normalizada apenas na madrugada de quinta (14) para sexta-feira (15). Apenas 15% da população está com abastecimento de água. Os outros 85% são atendidos pelo Rio Pirapó. A Sanepar teve que esperar o nível da água baixar para enviar as seis bombas de água da estação para manutenção.

A previsão é que no final da tarde desta quinta-feira (14) o primeiro motor comece a ser instalado (durante a madrugada desta sexta-feira mais dois conjuntos motobombas devem entrar em funcionamento). Ontem também foram concluídos os reparos na adutora (tubulação de grande porte) afetada pela inundação.

Os serviços de manutenção na parte elétrica continuam e devem ser finalizados no período da tarde. De acordo com os técnicos da Sanepar, durante a noite os processos de captação e tratamento serão retomados e, na madrugada desta sexta-feira, cerca de 30% da população abastecida pelo Rio Pirapó começará a receber água.

Até a noite desta quarta, o sistema que atende Londrina e Cambé ainda operava com 30% da capacidade de produção, o que significa que cerca de 400 mil moradores destas cidades podem ficar sem água.

Em Siqueira Campos, o atendimento chega a 60% da população. Em Borrazópolis e Marilândia do Sul, a 70%.

Jandaia do Sul já conta com 80% do atendimento, que deve ser normalizado durante a noite desta quarta-feira. A situação também deve voltar ao normal em Tomazina. Em Nova Itacolomi, Wenceslau Braz e Nova América da Colina, a situação já está praticamente 100% resolvida.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Tudo sobre:

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.