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Monitoramento

Tempestades são ameaça para a maior parte do Paraná

Tempestade que atingiu várias regiões do estado no fim de semana afetou 800 pessoas | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Tempestade que atingiu várias regiões do estado no fim de semana afetou 800 pessoas (Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo)

O Paraná deve enfrentar mais uma temporada de chu­­vas intensas sem um siste­­ma de monitoramento e previsão que possa evitar desastres naturais. Hoje, só treze dos 399 municípios do estado são monitorados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do governo federal. A partir do próximo ano, outras 22 cidades devem ser incluídas no sistema. A previsão é que durante este mês o estado registre chuvas acima da média, com ocorrência de temporais como o que caiu sobre Curitiba no último domingo.

As cidades que devem ser incluídas no Cemaden localizam-se nas regiões Leste, Sudoeste e Noroeste do Paraná. Atualmente, o Brasil apresenta 201 municípios em monitoramento. O plano do governo federal é ampliar o monitoramento para 820 cidades até 2014.

De acordo com o capitão Dorico Gabriel Borba, da seção de planejamento da Defesa Civil do Paraná, são priorizados municípios que apresentam alto risco de desastres naturais, como alagamentos e deslizamentos. "Os demais não possuem grande incidência ou histórico de desastres", explica. Enxurradas e deslizamentos correspondem a 69% das ocorrências de desastre natural no país.

O secretário de políticas e pesquisas do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, ressalta que é impossível reduzir os danos de desastres naturais a zero. "Nem mesmo em um país que há mais tempo se prepara para desastres, como os Estados Unidos, o risco zero é realidade", exemplifica.

No Bra­­sil existem duas estruturas articuladas que atuam como objetivo de prevenção. O Cemaden, que realiza o monitoramento, e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), que alerta os riscos de desastres. "O alerta deve ser emitido com tempo suficiente, perto de seis horas de antecedência. O Cenad, que contempla a Defesa Civil, recebe o alerta e entra em contato com os ór­­gãos do município, como a Defesa Civil municipal e Corpo de Bombeiros", afirma.

Plano de prevenção

Está em andamento um plano de prevenção a desastres que prevê investimento de R$ 18,8 bilhões até 2014. A meta é garantir segurança às populações de áreas sujeitas a desastres naturais. Desse montante, R$ 15,6 bilhões serão utilizados em prevenção, R$ 2,6 bilhões em resposta, R$ 362 milhões em monitoramento e alerta, e R$ 162 milhões em mapeamento.

Nobre diz que serão priori­­zadas obras urbanas que "impeçam ou diminuam" a intensidade dos desastres, como contenção de encostas e reservatórios para evitar inundações.

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