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Dois dias depois do Natal, a situação nas Unidades de Saúde (US) 24 horas de Curitiba começou a amenizar. Na terça-feira, o tempo de espera chegava a cinco horas. Ontem, o tempo médio de espera era de duas horas, o dobro do período considerado normal pela Prefeitura de Curitiba.

Na teoria, explica o diretor do Sistema de Urgência de Curitiba, Matheos Chomatas, a espera pelo atendimento médico nas US 24 horas deve ser de 30 minutos. Nos horários de pico, este período sobe para até uma hora. "Muitas vezes, o tempo de espera chega a ser menor do que o do serviço de saúde particular", disse Chomatas.

Ontem, na US do Boa Vista, a auxiliar de cozinha Simone Cordeiro, 20 anos, e seu marido, o vigia Nélio Ribeiro Borges, 30, esperaram duas horas até que um médico atendesse o filho deles, Kevin Eduardo Ribeiro Borges, de cinco meses, que estava com vômitos. "Até que foi rápido. Uma vez tive que esperar quatro horas, desisti e fui buscar ajuda na farmácia", contou Simone, refutando a informação de que o tempo normal de espera é de uma hora.

Quando a professora Marli de Fátima Rocha Lazaroti, 42 anos, chegou à US do Campo Comprido para buscar atendimento para seu filho, Daniel Rocha Lazaroti, 6 anos, que estava com crise da asma e bronquite, foi informada que não havia pediatra no local. Quinze minutos depois de conversar com a reportagem, foi atendida por um pediatra chamado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A dona de casa Milda Loder Rodrigues, 48 anos, e o marido dela, o encarregado de depósito Osni Rodrigues, 47, não tiveram a mesma sorte. Embora buscassem atendimento no mesmo local para o filho deles, Bruno Loder Rodrigues, 10 anos, que estava com uma infecção no ouvido, esperaram quase três horas. "Até chegar em casa, perdermos praticamente o dia todo e a única folga do meu marido", disse Milda.

Segundo Chomatas, dois médicos faltaram ontem pela manhã na US Campo Comprido. "Conseguimos substituí-los no fim da manhã", disse Chomatas. Segundo ele, antes de ir a uma US 24 horas a população deveria recorrer às unidades básicas de saúde. "Talvez tenha sido falha da nossa comunicação, pois como no fim do ano vários serviços públicos não funcionam, as pessoas acham que as US básicas estão fechadas. Em algumas estão inclusive sobrando consultas", afirmou. As US básicas só vão fechar no dia 1.° de janeiro.

Outros problemas seriam as reformas em algumas unidades, como as dos bairros Fazendinha e Sítio Cercado, que devem ser finalizadas em março de 2007, e a procura de moradores de outros municípios da região metropolitana.

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