O tempo em Curitiba será de sol e temperaturas agradáveis durante as tardes neste fim de semana. O frio que atingiu a capital nos últimos dias também dá uma trégua e os dias amanhecem com 9ºC no sábado (31) e 11ºC no domingo (1º). A previsão é do Instituto Tecnológico Simepar, que não estima grandes mudanças para os próximos dias em relação às condições meteorológicas desta sexta (30).
A meteorologista do Simepar, Ana Beatriz Porto, alerta que deve ocorrer uma variação no volume de nuvens nos próximos dias, mas não há chance de chuva para a capital. "Não teremos mais aquele céu de brigadeiro, o volume de nuvens aumenta um pouco. O sol continua aparecendo na região".
Nesta sexta-feira (30), o dia ainda amanheceu com 4ºC. À tarde os termômetros devem apontar 24ºC, com amplitude térmica (diferença entre a mínima e a máxima em um dia) de 20ºC. Essa diferença deve diminuir nos próximos dias e a temperatura fica mais agradável nos dois dias do fim de semana.
As condições são bem parecidas no interior do Paraná, com a diferença de que uma área de instabilidade pode causar chuvas rápidas e isoladas entre o Sudoeste e o Oeste. A região tem tardes quentes, com máximas, no sábado, de até 31ºC em Guaíra, 30ºC em Foz do Iguaçu e 29ºC em Francisco Beltrão.
No fim de semana, a faixa norte do estado também terá calor e o centro-sul, em uma faixa que segue até Curitiba terá marcas mais amenas. Paranavaí, no Noroeste, atinge 33ºC, Maringá chega a 32ºC e Londrina tem previsão de atingir 30ºC. No centro-sul, em Guarapuava, o segundo dia do fim de semana atinge os 25ºC. Ponta Grossa, nos Campos Gerais, terá máxima de 26ºC.
Condição do tempo eleva risco de incêndios ambientais
Após as recentes geadas registradas no Paraná seguidas de dias secos e de temperaturas elevadas que deverão ser registrados até, pelo menos, a próxima semana a Defesa Civil do estado emitiu um alerta nesta sexta-feira (30) para o risco elevado de incêndios florestais.
A orientação do órgão é que os motoristas não joguem fósforos ou bitucas de cigarro pela janela do veículo, para evitar o início de focos propagadores de chamas. Outra recomendação é não soltar balões e não fazer fogueiras, além de evitar a realização de queimadas, até mesmo para a limpeza de terrenos baldios, e não eliminar lixo ou entulho com fogo.
Segundo levantamento da Defesa Civil, mais de 500 casos de incêndio em vegetação já foram registrados no Paraná somente em agosto. Em julho, foram 689 confirmações 23% a mais do que no mesmo período do ano passado. Levando em consideração os sete primeiros meses de 2013, já foram 3.700 casos de destruição de área verde por causa de fogo, o que equivale a uma média de 17,5 ocorrências por dia.
No dia 13 de agosto, um incêndio atingiu o Morro do Pão de Loth, próximo ao Morro do Anhangava, no Parque Estadual da Serra da Baitaca, entre os municípios de Quatro Barras e Piraquara. Todo o cume do morro foi comprometido pela situação, que foi controlada quase um dia depois de começar.
Onze dias antes, um incêndio de pequenas proporções já havia sido registrado no cume do Pico Paraná. Bombeiros de Curitiba foram acionados e observaram que o fogo atingia, por sorte, uma pequena região.
No início do ano, outro caso de fogo em vegetação destruiu pelo menos 20 dos 788 quilômetros quadrados do Parque Nacional de Ilha Grande, em Altônia (a 244 quilômetros de Maringá), no Noroeste do Paraná. O incêndio chegou a ser considerado o maior registrado na região nos últimos três anos segundo a chefia do local.
Em caso de incêndio ambiental, deve-se comunicar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Em todo o estado, a ligação será direcionada para uma central. Caso a região não possua Corpo de Bombeiros nas proximidades, o atendimento será repassado aos Bombeiros Comunitários ao a uma regional da Defesa Civil.
Paraná em chamas
Há 50 anos, o Paraná enfrentava uma das maiores ondas de incêndio já registradas no estado. Concentradas entre os meses de agosto e setembro de 1963, as chamas em áreas ambientais causaram a morte de 110 e consumiram 10% do território paranaense. Ao todo, 128 cidades das Regiões Norte, Central e dos Campos Gerais foram afetadas. Dois milhões de hectares foram completamente devastados ao longo de dois meses.
As perdas em todo o estado eram calculadas em 200 milhões de cruzeiros. A ajuda para combater o incêndio veio de outros estados, com o fornecimento de helicópteros e aviões.
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