O aquário gigante custará R$ 5 milhões e será pago pela Cattalini, operadora do Porto de Paranaguá, como forma de compensação pelos estragos causados pela explosão do navio Vicuña, em 2004. O acordo foi acertado pela empresa junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Ele será construído próximo a entrada da Ilha dos Valadares e da rodoviária, no local em que funcionavam várias lanchonetes no espaço conhecido como Ferradura.
A previsão é que as obras de construção comecem assim que a demolição da atual Ferradura termine, o que deve ocorrer ainda este mês. Depois disso, o prazo para a conclusão é estimado em até 10 meses.
O aquário terá 14 tanques com até 150 mil litros de água para abrigar animais marinhos e dos rios litorâneos. O público poderá conhecer as principais espécies de peixes, pinguins e alguns mamíferos. "Haverá ainda um tanque tátil, onde será possível tocar em arraias, espinhos do mar e ouriços do mar", explica o prefeito de Paranaguá, José Baka Filho (PDT). O projeto prevê ainda a construção de uma biblioteca, que poderá ser usada para pesquisas escolares e como laboratório de pesquisas marinhas.
Apesar de ainda desconfiadas, duas comerciantes torcem para que o aquário seja construído e atraia turistas para o local, e logo. "Fiquei triste com o fim da Ferradura. Mas vai ter mais turistas em Paranaguá e é o que a cidade está precisando", acredita Helena de Fátima Martins Costa. "Com certeza vai chamar mais o turismo para cá", afirma Lindamira Gertrudes.
Ainda não está definido de que forma e quem irá administrar e manter o aquário. A prefeitura espera conseguir firmar uma parceria com o Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ou a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar) para que as universidades assumam o local, que poderá ser usado para estudos. "Elas (CEM e Fafipar) vão estar envolvidas na manutenção do aquário", afirma Baka.
A diretora do CEM, Eunice da Costa Machado, confirmou o interesse em participar, mas reclamou da prefeitura. Ela explicou que um laboratório fez uma análise de 32 amostras da água do rio Itiberê para o projeto com custo de R$ 1,5 mil, que ainda não foi pago. "Nenhum contato formal foi feito até agora. Mas, independente disso, nós temos interesse e pessoas capacitadas para administrar o aquário."
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