Calor recorde
Os curitibanos sentiram na pele a temperatura mais alta do ano, nesta quinta-feira. Os termômetros das estações meteorológicas do Simepar marcaram 33,7ºC. O valor ficou 0,2 acima do último recorde, registrado no dia 4 deste mês quanto a temperatura alcançou 33,5ºC.
No Litoral a situação foi ainda mais sufocante. Em Antonina o termômetro cravou em 40ºC. Na vizinha Morretes a temperatura atingiu 41,7ºC. Valores recordes na primavera paranaense.
Uma frente fria que se desloca pela região Sul do Brasil provocou temporais e ventos fortes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná nesta quinta-feira (19). Cinco pessoas morreram no Rio Grande do Sul por causa de um temporal. Em Santa Catarina e no Paraná cidades também foram atingidas por ventos e chuvas fortes.
A Defesa Civil já registra 11 cidades em situação de emergência no Rio Grande do Sul por conta das chuvas que atingiram o estado nos últimos seis dias. Os dois últimos municípios que entraram para a lista, nesta quarta-feira (18), foram Feliz e Butiá.
O meteorologista Flávio Varone, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), disse ao site de notícias G1 que os temporais e os ventos são causados por uma área de baixa pressão. Segundo Varone, em Tramandaí (RS) os ventos chegaram a 132,5 km/h.
As rajadas derrubaram árvores, postes de energia e fizeram vítimas em vários municípios.
Duas vítimas viviam em Porto Alegre. Uma mulher foi atingida pela parede de um prédio e uma árvore caiu sobre um homem.
A terceira morte ocorreu em Canoas, na Região Metropolitana, e uma quarta, em Capivari do Sul, no litoral.
Mais de 550 mil casas estão sem energia elétrica. Há falta de água potável para um milhão de casas na Região Metropolitana.
Paraná
Uma frente fria que se desloca lentamente pelo Paraná provocou temporais e ventos fortes em três cidades do estado, na tarde desta quinta-feira (19). De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, as cidades de Irati (Centro-Sul), Ponta Grossa e Telêmaco Borba (Campos Gerais) tiveram casas destelhadas e quedas de árvores.
Em Telêmaco Borba houve queda de granizo, por volta das 15 horas. A chuva foi de curta duração, mas causou estragos. A Defesa Civil registrou 12 quedas de árvores, 12 destelhamentos parciais de residências e 2 pontos de alagamentos. Na cidade de Irati, 10 casas ficaram parcialmente destelhadas e houve quedas de árvores.
Chuva e ventos isolados também arrancaram telhas de dez residências no Jardim Paraíso, periferia de Ponta Grossa. Na mesma região, no bairro de Uvaranas, uma árvore caiu sobre o muro de uma casa e outra caiu sobre a Avenida Carlos Cavalcanti, uma das mais movimentadas da cidade.
A Copel foi acionada para retirar os galhos, que ficaram sobre a rede elétrica. Não houve registros de desabrigados e desalojados nas três cidades.
"Estamos monitorando a situação e emitimos alertas de temporais para as cidades de Cascavel (Oeste), Maringá (Noroeste) e Londrina (Norte)", afirmou o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Defesa Civil.
Riscos de mais temporais
Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, nas próximas 48 horas podem acontecer chuvas e ventos fortes no Paraná. "Desta quinta para sexta-feira (20) o tempo vai ficar instável. A umidade vai aumentar no estado e o tempo abafado continua", explicou o meteorologista Fernando Mendes, do Simepar.
De acordo com a previsão do Simepar, há riscos de ventos fortes em alguns pontos do estado, como nas regiões dos Campos Gerais, Oeste, Noroeste e Norte. "Na noite desta quinta já vai favorecer a condição de chuvas", disse. No Rio Grande do Sul, temporais causaram a morte de cinco pessoas e foram registrados ventos de mais de 130 km/h, nesta quinta.
"No Rio Grande do Sul houve condições mais favoráveis a temporais mais localizados. Havia mais umidade na atmosfera e a situação foi mais crítica", definiu Mendes.
Santa Catarina
Ventos de até 103 quilômetros por hora, seguidos de temporal causaram vários estragos na tarde desta quinta, na região Sul de Santa Catarina e em Florianópolis. Os municípios mais atingidos foram Araranguá, Ermo, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Sombrio, Maracajá, Içara, Arroio do Silva, Santa Rosa do Sul, além de Florianópolis e Santo Amaro da Imperatriz. "É cedo para se fazer um levantamento preciso, mas recebemos informações de queda de energia, principalmente nas redes de baixa tensão, queda de postes, árvores e destelhamento de casas", explicou o gerente da Defesa Civil/SC, major Emerson Emerim.
O vendaval, que começou devastando o sul de Santa Catarina, chegou à Florianópolis por volta das 16h30. A explicação do fenômeno é de que um ciclone extratropical empurrou a frente fria vinda do Rio Grande do Sul, onde vários municípios gaúchos também foram atingidos. Três pessoas sofreram lesões graves após serem lançadas no mar com a queda de um guindaste no porto de Imbituba. Pessoas feridas foram atendidas em Araranguá, onde mais de 170 edificações foram atingidas pelo vendaval, conforme informações da Defesa Civil. Criciúma, até o início da noite se mantinha sem energia elétrica no centro da cidade. A comunicação com a cidade, através de telefone fixo, celular e internet, se manteve precária durante toda a tarde.
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