Em uma hora e meia, volume de chuva é um terço do esperado para o mês
O Instituto Tecnológico Simepar registrou um volume de chuva considerado alto pelos meteorologistas: 34,6 milímetros de chuva em uma hora e meia, do período entre 16h30 e 18h, sendo que a pancada mais forte ocorreu entre 17h e 17h15, com volume de 14,4 milímetros. O volume é um pouco mais de um terço da média histórica para todo o mês de abril na capital, que é de 95 milímetros.
Segundo o meteorologista Marcelo Brauer, a previsão é de que a chuva continue até a terça-feira (19) por causa de uma frente fria que está em alto mar, entre os litorais do Paraná e Santa Catarina. "Mesmo em alto mar, a frente fria induz o aumento da umidade no centro-sul do Paraná e, como a massa de ar que está no continente é quente, isso favorece a ocorrência de chuvas mais intensas entre a tarde e a noite", explica. As chuvas devem continuar ocorrendo de forma isolada, especialmente no período da tarde. Não há como determinar a ocorrência de granizo.
Fortes pancadas de chuva com granizo caíram na tarde desta segunda-feira (18) na região central e em diversos bairros de Curitiba. Por volta das 16h15, o céu começou a escurecer e, em seguida, caiu o temporal.
O Instituto Tecnológico Simepar registrou ocorrências no Centro, Água Verde, Cajuru, Jardim Botânico, Botiatuvinha, Santa Felicidade, São Braz e Pilarzinho. Houve ocorrências ainda nos bairros Campo Comprido, Cristo Rei, Rebouças, Alto da XV e Prado Velho. A chuva ocorreu de forma generalizada na capital e atingiu outras cidades da região metropolitana, como Colombo, Bocaiúva do Sul e Pinhais. A incidência de raios não foi grande, mas os ventos registraram rajadas de até 49,3 km/h, na região do Jardim das Américas, onde está instalada a estação meteorológica do instituto.
Segundo a Defesa Civil do município, a chuva caiu com mais intensidade na região da Rodoferroviária. Na região, houve registro de destelhamentos em pelo menos três casas e alagamentos na região próxima ao estádio do Paraná Clube. Equipes dos bombeiros estiveram no local, por volta das 17h20. Parte de uma residência desabou na Rua Embaixador Hipólito de Araújo, no Parolin. A Defesa Civil acionou engenheiros do Conselho de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) para avaliar a situação.
O Corpo de Bombeiros também registrou, no bairro Jardim Botânico, um destelhamento na região da Praça Plínio Tourinho. No local, a Defesa Civil foi registrada uma ocorrência onde crianças e cadeirantes ficaram ilhados. Eles estariam praticando esportes no ginásio de esportes da praça quando a chuva começou. Ainda não havia informações de quantas pessoas ficaram ilhadas, mas todas já foram retiradas do local pela Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros. Não há informações sobre feridos.
Já na Vila Guaíra, um raio atingiu um pinheiro e havia risco de queda sobre residência. Segundo o Corpo de Bombeiros, há vítimas desalojadas nessa ocorrência. O número ainda não foi informado.
Por volta das 18h15, o número de ocorrências que chegavam ao Corpo de Bombeiros era muito elevado e a corporação se dedicava a orientar o trabalho das equipes.
A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil informou na terça-feira (19) que atendeu 23 ocorrências de destelhamento em Curitiba na segunda-feira. Ninguém ficou ferido ou desabrigado.
Energia Elétrica
Um alimentador da rede da Companhia Paranaense de Energia (Copel) apresentou problemas na Avenida Sete de Setembro, no centro da capital, e afetou o fornecimento de luz para 1,5 mil unidades consumidoras.
A falta de luz afetou a Rodoferroviária da capital e a sede da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs). A chuva também afetou o sistema de atendimento telefônico da Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar). O serviço ficou indisponível por cerca de 30 minutos, mas já estava operando normalmente por volta de 18h45.
Por volta das 19 horas, ainda havia 100 unidades consumidoras de energia sem luz na Avenida Sete de Setembro, na região entre a Avenida Visconde de Guarapuava e Travaessa da Lapa. No Mossuguê, 200 domicílios estavam sem energia. Segundo a Copel, os problemas no Mossunguê e na região central terminaram de ser solucionados às 19h30.
Outra cidade afetada pela chuva foi a Lapa, na região metropolitana da Curitiba. Noventa e sete consumidores ficaram sem luz até as 21h30. Um cabo rompeu e a Copel teve dificuldades para fazer a manutenção por causa do trânsito.
Desde as 16 horas, a Copel havia registrado que 11.300 unidades consumidoras em Curitiba e São José dos Pinhais foram afetadas e havia oscilação de energia. Na capital, os bairros mais afetados foram o Centro, Jardim Botânico e Mossunguê.
A Copel informou que na manhã desta terça-feira (19) não havia registro de problemas ou falta de luz ocasionados pela chuva da segunda-feira.
Trânsito
A queda de energia prejudicou o sistema de comunicação da Central de Operações da Diretoria de Trânsito (Diretran), da Urbs. Um central emergencial foi montada em outro setor para atender as ocorrências da capital. Os agentes de trânsito foram concentrados na orientação de trânsito e na cobertura de semáforos que ficaram desligados em função da falta de luz. Por volta das 18h30, a Diretran divulgou uma lista de ruas onde os semáforos estavam desligados: ruas Tigabi, Benjamin Constant, Affonso Camargo, General Carneiro, Sete de Setembro, Barão do Rio Branco, Dr. Faivre, Silva Jardim e Mariano Torres.
A reportagem da Gazeta do Povo registrou semáforos sem energia elétrica na Rua Tibagi, no cruzamento com as ruas Benjamin Constant e Sete de Setembro. A região da Avenida Comendador Franco e Rua Engenheiros Rebouças concentrava vários pontos de alagamento do Rio Belém.
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