Medianeira
Vento destelha 250 imóveis
Cristian Rizzi/Gazeta do PovoO vendaval derrubou pelo menos quatro árvores em Medianeira
Foz do Iguaçu - Fabiula Wurmeister, da sucursal
Cerca de 250 casas e estabelecimentos comerciais foram destelhados na noite de quarta-feira depois que uma rajada de ventos de até 130 quilômetros por hora atingiu o município de Medianeira, no Oeste do estado. Bombeiros também atenderam uma ocorrência de destelhamento em Clevelândia, no Sudoeste.
Durante toda a madrugada e ontem, homens do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil distribuíram lonas aos moradores afetados pela ventania. Pelo menos quatro árvores caíram atingindo residências e veículos próximos. Cinco escolas também foram parcialmente destelhadas. Quase mil pessoas tiveram problemas com o mau tempo, mas apenas uma mulher ficou ferida, atingida na perna por uma telha. O fornecimento de água e energia elétrica chegou a ser interrompido, mas foi restabelecido em menos de uma hora.
Previsão
Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a chuva e os ventos fortes foram ocasionados pela passagem de uma frente fria. O tempo deve seguir instável no Paraná até domingo. De acordo com o meteorologista Lizandro Oliveira Jacóbsen, a frente fria está se deslocando para o Sudeste do país. Hoje haverá chuva principalmente na Região Norte do estado. Mas as tempestades registradas na última madrugada não devem se repetir. As temperaturas devem cair na maior parte do estado.
As chuvas que atingem o Sul do país desde ontem causaram uma morte e afetaram pelos 50 mil pessoas no Rio Grande do Sul. O óbito ocorreu no município de Santo Augusto, a 441 quilômetros de Porto Alegre. Os bombeiros encontraram o corpo do agricultor Leonir Fagundes, de 41 anos, ao amanhecer. Ele havia desaparecido na quarta-feira durante tentativa de atravessar um riacho que havia transbordado. Foi localizado a 500 metros do local de onde foi arrastado. Em Santa Catarina, os temporais provocaram ventos de até 155 km/h. No Paraná, um vendaval destelhou cerca de 250 imóveis na cidade de Medianeira, na Região Oeste.No Rio Grande do Sul, as enchentes causadas pela chuva deixaram 4,5 mil pessoas desalojadas e 5,5 mil desabrigadas, informa a Defesa Civil do estado. As cidades mais afetadas são as que estão próximas aos rios Caí e dos Sinos, na região do Vale do Paranhana. Só no município de Igrejinha (83 km de Porto Alegre), 300 famílias foram retiradas de suas casas. São Sebastião do Caí (59 km da capital gaúcha) decretou situação de emergência por causa das cheias. Segundo a prefeitura, o Rio Caí está 13 metros acima do nível normal. Moradores estão sendo retirados das margens e levados para um parque.
A cidade de Encantado também está prestes a decretar situação de emergência, disse o secretário municipal de Administração, Luciano Moresco. Segundo ele, o nível da chuva deverá aumentar ainda mais. "Temos 48 horas a partir do pior momento da chuva para decretar emergência", disse.
Em Parobé, 180 pessoas tiveram de deixar suas casas. Novo Hamburgo, na área metropolitana de Porto Alegre, teve 260 pessoas desalojadas. Em Três Coroas, Taquara e Rolante também há moradores prejudicados.
Na serrana Caxias do Sul, o desmoronamento de um barranco sobre uma residência deixou um bebê de 1 ano e 2 meses soterrado. A criança foi socorrida imediatamente pelo Corpo de Bombeiros, contou o major Ari Ferreira, da Defesa Civil. Ela foi levada ao Hospital Pompeia em Caxias, onde se recupera.
Estradas
A forte chuva e as quedas de barreiras provocaram interrupções em ao menos dez pontos de rodovias estaduais. A BR-386, que liga a região de Porto Alegre ao interior de Santa Catarina, está parcialmente interrompida em três pontos. Duas das quatro faixas da rodovia, na altura do km 306, na região de Pouso Novo, permaneciam interditadas por causa de uma queda de barreira. O trânsito no local, em ambos os sentidos, provocando lentidão devido à restrição das demais faixas.
Com os bloqueios, comunidades rurais ficaram isoladas. Outros oito pontos de estradas estão com trânsito parcialmente interditado. Em Marques de Souza, no quilômetro 317, parte do acostamento e asfalto cedeu, provocando uma rachadura com desnível. Em Lajeado, no quilômetro 347 da BR-386, devido ao transbordamento do Rio Taquari, a alça de acesso aos bairros encontra-se inundada, porém sem nenhum prejuízo ou risco para a fluidez da rodovia.
Santa Catarina
O mau tempo causou estragos no meio-oeste de Santa Catarina. Segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeorologia do Estado, ventos de 155 km/h destelharam casas em Curitibanos (267 quilômetros de Florianópolis). Também houve danos a casas em Campos Novos, onde os ventos atingiram 127 km/h. A previsão é que o tempo melhore na Região Sul a partir de hoje.
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