Uma chuvarada com muito vento assustou Curitiba no meio da tarde deste domingo. A ventania derrubou árvores, toldos e placas e também causou prejuízos no Estádio Joaquim Américo, a Arena da Baixada, durante a partida do Atlético com o Engenheiro Beltrão. Placas e parte da cobertura do estádio cairam e algumas pessoas da torcida acabaram atingidas. Eles foram socorridos primeiramente pelos seguranças que trabalhavam na partida em que o Rubro-Negro goleou o Engenheiro Beltrão.
Um dos torcedores foi atingido na cabeça, desmaiou e depois de ter sido atendido nas dependências do estádio, foi encaminhado para o Hospital Vita. Um outro recebeu atendimento em uma das salas da Baixada com ferimentos superficiais. Veja a nota oficial sobre o acidente no site do clube.
A Defesa Civil recebeu várias ligações com relatos, principalmente, de árvores caídas. A casa em estilo japonês que fica no meio da Praça do Japão foi parcialmente destelhada e árvores da praça foram danificadas. Também na região do Batel, várias árvores caíram na Silva Jardim e ruas transversais, algumas inclusive sobre carros que estavam estacionados. Sobrados do Bairro Novo também foram destelhados.
Em Colombo, uma árvore caiu sobre um carro em que estavam quatro pessoas. Apesar do susto, todos conseguiram sair do veículo com poucas escoriações.
No Centro, na Rua Visconde de Nacar, junto à Rua 24 Horas, caiu uma placa de propaganda e o trânsito ficou prejudicado.
No Bairro Santa Quitéria também houve queda de árvores e parte das residências ficou sem energia alétrica. Semáforos de vários pontos da cidade pararam de funcionar ou ficaram piscando em alerta. Na entrada da cidade, na altura do Parque Barigüi, formou-se um grande congestionamento no início da noite, segundo informações da rádio Band News.
Segundo a Defesa Civil e o Centro Tecnológico Simepar, especializado em análises ambientais e meteorológicas, a chuvarada veio no sentido Sul para o Norte e continuav, durante a noite, pela região do Vale da Ribeira em direção a São Paulo. Os bairros mais atingidos, além do Centro, foram, de acordo com relato da Defesa Civil, o Capão Raso, com destelhamentos; Vila Guaíra, Boqueirão, Lindóia e Pilarzinho, com quedas de árvores; além de pequenos alagamentos no bairro Santa Cândida e nos municípios de Almirante Tamandaré e Santa Cândida, na região metropolitana.
A meteorologista Sheila da Paz, do Simepar, afirmou que as chuvas não foram tão intensas. Na região do Bairro Jardim das Américas, no Centro Politécnico, sede do Simepar, ela atingiu 4 milímetros. "A quantidade de chuva varia de bairro a bairro. Em alguns bairros o volume foi maior, mas não muito maior que isso", afirmou. Em fevereiro, a média de chuvas atinge a 150 milímetros em todo o mês o que deixa a quantidade de precipitação dentro do normal. O problema maior teriam sido o vento e o granizo.
Os ventos atingiram cerca de 60 quilômetros horários em alguns bairros. Em outros, foi menos intenso, ficando a 40 quilôemtros horários. Acima de 50 km/h já é considerado um vento mais forte, capaz de provocar queda de árvores pequenas ou de galhos de árvores.
No Interior
As chuvas e o vento também atingiram várias cidades do Interior do estado. A mesma tempestade que atingiu Curitiba passou antes por União da Vitória, na região Sul do estado. Ali, em duas horas, das 14h às 16h, choveu mais de 60 milímetros, também com ocorrência de granizo.
Não ligado à mesma tempestade, outras regiões do estado também sofreram precipitações fortes. Em Maringá, às 14 horas, foram 27 milímetros de chuva e outros 19 milímetros às 16 horas. Também ocorreram chuvas fortes nas cidades de Guarapuava (16mm às 16 horas), Toledo (22mm às 18h) e Campo Mourão (25 mm às 19 h).
Os ventos também foram fortes em algumas cidades, principalmente nas regiões Oeste e Noroeste. Os municípios mais atingidos foram Campo Mourão (51 km/h), Nova Prata do iguaçu e Pinhão (54 km/h), Maringá (49 km/h) e Capitão Leônidas Marques (50 km/h).