Uma chuva forte, acompanhada de granizo na região do aeroporto e de ventos de 65 quilômetros por hora (km/h), provocou alagamentos, derrubou árvores e deixou pelo menos 6 mil domicílios sem energia elétrica na tarde de ontem em Londrina, no Norte do Paraná.
Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a cidade recebeu 86,8 milímetros (mm) de água em apenas uma hora e meia, quantia equivalente a mais da metade do esperado para o mês inteiro (143 mm).
A sede do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, próximo à barragem do Lago Igapó, ficou alagada. A água, empurrada pela chuva, entrou pela porta da unidade e trouxe também muita sujeira da rua. Todos os cômodos do local ficaram alagados.
Ocorrências
O engenheiro civil da Companhia de Habitação (Cohab) de Londrina, Heleno Rabelo, afirmou que a região sul da cidade foi a que mais teve registros de problemas. Três casas no Parque das Indústrias, na zona sul, foram alagadas. Na Rua Bélgica, segundo Rabelo, o muro de uma casa caiu e uma casa foi alagada. Não houve, porém, pessoas desalojadas.
Na Rua Bento Munhoz da Rocha Neto, às margens do Lago Igapó, uma árvore desabou em cima de um carro e bloqueou a entrada de uma clínica de depilação. Os clientes e funcionários ficaram temporariamente presos, até a passagem ser liberada.
Já na Vila Portuguesa, uma árvore caiu em cima de uma residência, mas não houve feridos. Até as 19 horas, 12 ocorrências de quedas haviam sido registradas.
O temporal também deixou 6 mil residências sem energia elétrica. Mais da metade desse total, 3,4 mil, ficam na Vila Nova. Outras 2,5 mil casas do Jardim Guanabara e 150 domicílios do Jardim Bandeirantes tiveram o serviço interrompido.