A chuva de anteontem em Curitiba, segundo o Instituto Tecnológico Simepar, foi a mais forte ocorrida num espaço tão curto de tempo nos últimos quatro anos. O volume de chuva na capital, de 39 milímetros, das 19 horas à meia-noite, de acordo com o instituto, representa 25% do que estava previsto para chover durante todo o mês de fevereiro – a média histórica é de 148,1 milímetros.

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A maior intensidade foi registrada entre as 20 e 21 horas, quando choveu 29,4 milímetros. Volume parecido nesse intervalo de tempo só ocorreu no dia 15 de abril de 2002, quando houve precipitação de 40 milímetros em uma hora. "Nenhuma cidade estaria preparada para essa intensidade de chuva num espaço tão curto de tempo", afirma o meteorologista Samuel Braun. Desde 1998, o Simepar registrou em Curitiba 15 ocorrências de chuva com volume acima do ocorrido anteontem.

De acordo com o diretor de Obras e Saneamento da Secretaria Municipal de Obras Públicas de Curitiba, Almir Bonatto, a situação foi atípica e não está relacionada com a falta de investimentos ou de manutenção. "Foram situações pontuais. A gente resolveu muitos problemas de desvios de fundo de vale, em função de tubulação colocada de forma indevida pelos moradores."

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O Simepar prevê mais chuvas para os próximos dias em todo o estado por causa da presença de uma grande massa de ar quente e úmida. "A situação vai ser semelhante. O sol aparece com mais força de manhã, ocasionando áreas de chuvas isoladas à tarde e à noite", afirma Braun.

Em Londrina, um temporal de dez minutos no início da tarde de ontem destelhou o terminal do Conjunto Milton Gavetti (Zona Norte) e arrancou 70 árvores. O vendaval, que chegou à velocidade de 40,7 quilômetros por hora, prejudicou o fornecimento de energia elétrica em 11 bairros.