O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, classificou como "lamentável" a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, de excomungar o médico que participou do aborto sofrido por uma menina de 9 anos, em Pernambuco. A criança estava grávida de gêmeos e, de acordo com médicos, se a gravidez fosse levada a diante, ela correria risco de vida. "Está na lei que, em caso de risco de vida da gestante ou gravidez resultado de estupro, o aborto pode ser permitido. O resto, é opinião da Igreja", disse Temporão. "Estou impactado.
Na terça à noite a menina foi internada e recebeu medicamentos para interromper a gravidez. Ao justificar sua decisão, d. José Cardoso Sobrinho disse que, aos olhos da Igreja, o aborto é crime e que a lei dos homens não está acima das leis de Deus.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que estava ao lado de Temporão quando ele se pronunciou, também fez seu comentário. "Quero falar como cidadão: estou muito revoltado. Essa menina foi violentada, já teve um trauma grande. A Igreja, em vez de ajudar, criou uma questão a mais", disse. "É a criminalização da vítima", afirmou Minc.
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