Quanta gente não fica matutando sobre como será o futuro da cidade em que vivemos; como será a urbe curitibana daqui a dez ou vinte anos; qual será o futuro dos transportes; que tamanho terá a cidade. A imaginação voa solta. Teremos um transporte metropolitano subterrâneo ou será aéreo? O prefeito eleito apresentará pulso firme na sua administração? As mazelas e as ditas facilidades no trato dos bens públicos serão corrigidas e extirpadas? Quem viver verá e o que será, será.
Bem mais fácil fica fazer uma viagem ao passado, principalmente quando se tem esta máquina do tempo que é a Nostalgia. Através dela a Gazeta do Povo leva seus leitores, todos os domingos, a dar uma volta nos ditos tempos idos e que fazem parte da história curitibana. Aqui uma imagem vale muito mais que milhares de palavras dependendo da imaginação de cada um, é claro.
Como era tal lugar ou tal rua? E as curiosidades acontecidas nas mais diversas épocas, desde que foram documentadas através de fotografias há mais de 150 anos? São imagens preciosas que proporcionam um delicioso passeio dominical nas esquinas já perdidas no passado da cidade pacata e de vida branda, até os anos da década de 1940.
Quem não viu gostaria de ter visto. Quem viveu suspira suas memórias dos decantados bons tempos. Quando andar pelas ruas eram nada mais que passeios prazenteiros, nos quais não se corriam riscos que afetam a atualidade. Tempo de a piazada bater bola nos seus campinhos, que existiam praticamente a cada esquina. Qualquer criança, já aos 5 ou 6 anos, circulava pelas ruas de seus bairros sem causar temor aos responsáveis. A obediência, a educação e o respeito andavam juntos: "Com licença!", "Muito obrigado!", "Faz favor" e "senhor" ou "senhora" faziam parte do vocabulário da juventude.
Ao caminhar pelas ruas as pessoas tomavam cuidado para não esbarrar nos demais. Quando acontecia um esbarrão, por menor que fosse, havia os pedidos de desculpas sinceras. Hoje? Nem pensar. Muita gente anda atabalhoada, dando encontrões, abrindo caminho no peito, principalmente os mais jovens. Quem usa o transporte coletivo raramente vê alguém ceder lugar a idosos ou a senhoras. É um tal de cada um na sua. Falando em coletivos, o retrato da educação da juventude está nos vidros e nos bancos riscados e estragados.
O leitor, por acaso, chegou a saber que Curitiba já foi uma das cidades mais limpas e ordeiras da América do Sul? E hoje? As pichações imperam pelas paredes e muros, vandalismo que retrata a revolta causada pelo descaso à educação. Somente dez por cento dos jovens têm chance de chegar a uma universidade. A vadiagem e a falta de ter obrigações levam a adolescência, em sua maioria, a entrar em vícios como as bebidas alcoólicas e, daí para frente, em outras drogas que deterioram os neurônios criando uma geração de zumbis.
É de ficar pensando em como será o nosso futuro. Como amenidade, vamos viajar por imagens do passado de uma Curitiba cujos habitantes, por mais imaginação que tivessem, não chegariam a ter percepção de como seriam os tempos em que estamos vivendo, em pleno século XXI.
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