O relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, informou na manhã desta quarta-feira que o tenente-coronel Fábio Almeida de Souza, que era subcomandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), vai comandar o Batalhão de Choque da corporação. Não houve alterações no comando do Bope, que continua sendo o tenente-coronel René Alonso. O coronel Amaury Simões, que estava lotado no 5º BPM (Praça Harmonia) vai comandar o 22º BPM (Maré). Outros nomes de comandantes intermediários estão sendo entregues pelo Comando de Patrulhamento de Área (CPA) ao chefe de Estado-Maior da PM para serem analisados.
Na terça-feira, a nova cúpula da Polícia Militar afirmou que quer acabar com a "panela" nos batalhões. A partir de agora, os comandantes não poderão levar suas equipes ao serem transferidos. Somente os subcomandantes poderão seguir os passos de seu superior, de acordo com determinação do comando-geral. O objetivo é evitar que se estabeleçam vínculos entre os comandantes e seus subordinados, e permitir uma avaliação de desempenho isenta.
Outra medida envolvendo a PM foi anunciada na terça-feira pelo governador Sérgio Cabral: a construção, em um ano, de um novo presídio para policiais, acabando de vez com o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica. A nova cadeia para PMs será construída no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. O prédio onde hoje fica o BEP será transformado em cadeia feminina.
Comandantes ficarão pelo menos um ano em batalhões
As restrições foram criadas após vir à tona a ligação do tenente-coronel Cláudio Luiz Oliveira, que comandava o 7º BPM (São Gonçalo), com alguns policiais acusados do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em especial, o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes.
"Acabou aquela movimentação de 20 a 30 servidores toda vez que um oficial era transferido para o comando de outra unidade. A Polícia Militar quer construir uma estrutura para que praças e oficiais sejam avaliados imparcialmente. O objetivo é compartilhar a responsabilidade pelo desempenho do policial", informou o coronel Frederico Caldas, coordenador de comunicação social da Polícia Militar, ressaltando que algumas exceções poderão ocorrer, por exemplo, quando algum posto no batalhão estiver desfalcado.
Outra medida tomada pelo comandante da PM, coronel Erir Costa Filho, e pelo chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Alberto Pinheiro Neto, diz respeito ao tempo de lotação dos comandantes em uma determinada unidade. A movimentação constante, muito comum durante a gestão anterior, do coronel Mário Sérgio Duarte no comando da corporação, será abolida. Agora, os comandantes passarão a ficar nas unidades por pelo menos um ano, ao final do qual serão avaliados.
O pouco tempo de permanência de comandantes nos batalhões é uma das críticas feitas por moradores nas reuniões dos conselhos comunitários de segurança, de acordo com a PM. "Os participantes reclamam da falta de vínculo dos comandantes com as comunidades. A medida dará mais estabilidade ao comandante e estimulará um compromisso maior. Agora, ele saberá quando poderá ser transferido, e se preparar para atingir as metas, controlar gastos e se aproximar da comunidade", disse Caldas. "Os comandantes poderão permanecer nas unidades após uma análise de seu trabalho do ponto de vista operacional, administrativo e correcional."
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