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Apesar dos acirramentos de ânimos, como o enfrentamento entre produtores e sem-terra na semana passada em Cascavel, 2006 foi considerado um ano calmo no campo, no Paraná. O relatório que será publicado pela Ouvidoria Agrária, do Ministério de Desenvolvimento Agrário, na semana que vem, deve confirmar que o Paraná deixou o ranking dos dez estados que mais registram conflitos no campo: oficialmente já são dois anos sem mortes.

Mas as 70 reintegrações de posse pendentes e a expectativa de que, passado o ano eleitoral, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) volte a comandar ocupações, deixa o clima tenso para 2007. De acordo com coordenador estadual de política fundiária da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Tarcísio Barbosa de Souza, o não cumprimento das reintegrações de posse gera insegurança nos produtores, que estão se mobilizando por conta do temor de novas invasões. Reuniões regionais estão sendo realizadas. Também para o coordenador da Pastoral da Terra, Dionísio Vandresen, o conflito está apenas camuflado e pode estourar a qualquer momento.

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, as decisões judiciais estão sendo cumpridas, com 28 reintegrações de posse feitas em 2006. Seriam 145 efetivadas desde 2003. Através da Comissão de Mediação de Conflitos Agrários, a intenção é diminuir as chances de confronto, trabalhando para negociar a saída pacífica de terras ocupadas. (KB)

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