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Saúde

Terceiro edital do Mais Médicos sairá em dezembro

Segundo Padilha, programa terá 13 mil médicos em cinco meses | Marcelo Camargo/ABr
Segundo Padilha, programa terá 13 mil médicos em cinco meses (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

O Ministério da Saúde vai aproveitar a chegada de novos médicos ao mercado de trabalho em dezembro para lançar o terceiro edital do Programa Mais Médicos. O prazo foi confirmado ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou do 1.º Fórum Nova Favela Brasileira. As informações são da Agência Brasil.

"Em dezembro, vamos abrir um novo edital de chamada. É um mês em que se formam muitos médicos no Brasil", disse o ministro, que trabalha com a meta de elevar para 13 mil o número de médicos atuando no programa em cinco meses. "Com isso, vamos atender à demanda apresentada pelos municípios. Todos serão cobertos pelo ministério até março do ano que vem", afirmou Padilha.

Com os 2,1 mil médicos que chegaram aos municípios na semana passada, o programa conta atualmente com 3,6 mil profissionais atendendo no Sistema Único de Saúde (SUS). Ontem foi o primeiro dia de desembarque de 3,6 mil médicos de Cuba. Eles passarão por três semanas de avaliação para começar a atuar em dezembro.

Bolivianos

Ontem, o ministro da Saú­de também afirmou que os médicos brasileiros formados na Bolívia não poderão participar do programa Mais Médicos. Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo no domingo mostrou que o governo do Acre, um dos principais exportadores de estudantes de medicina para a Bolívia, propôs ao ministério que autorizasse a entrada de brasileiros formados no país vizinho no programa sem a necessidade de revalidação de diploma.

Padilha usou o regulamento do programa como justificativa para barrar esses profissionais, com ou sem revalidação de diploma.

Atualmente, estão aptos a enviar profissionais ao Brasil países com proporção igual ou superior a 1,8 médico por mil habitantes. Caso que não é o registrado na Bolívia, que tem percentual de 1,2 médico por mil habitantes.

Uma segunda barreira do regulamento é que os profissionais do Mais Médicos têm de ter atuado em seus países de origem, o que não seria o caso de parte dos médicos brasileiros formados na Bolívia. "Nós estamos implementando ainda o programa que foi votado no Congresso. Por enquanto, vamos continuar dentro do regulamento proposto inicialmente", disse Padilha.

Recentemente, a Se­cre­ta­ria de Saúde do Acre fez um pré-cadastro com 700 potenciais participantes do Mais Médicos, dos quais a maioria é formada na Bolívia. Segundo reportagem do jornal, levantamento indicou que, apenas no Acre, há 368 médicos formados no exterior sem o Revalida, dos quais 98% estudaram na Bolívia.

Não há números oficiais sobre o total de acreanos cursando medicina no país vizinho, mas o governo estadual estima que chegue a 6 mil.

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