Terminou por volta das 19h30 desta segunda-feira (30) o primeiro dia de júri popular dos irmãos Marcelo e Valfrido Lira, acusados de matar duas adolescentes de 16 anos em 2003. O julgamento está sendo realizado no Fórum de Ipojuca (PE).

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Nesta segunda-feira, foram ouvidas as duas testemunhas de acusação e duas de defesa, num dia marcado por atrasos, polêmicas e sucessivas suspensões do julgamento. Ao final da sessão, eles retomara para o Cotel, onde estão detidos desde 2008.

Nesta terça-feira (31), a sessão deve ser retomada, às 9h, com o depoimento das oito testemunhas de defesa restantes.

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De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco, o julgamento deve se estender até quarta-feira (1º). O júri estava previsto para começar às 9h, mas teve início por volta das 10h30 devido a atrasos de algumas testemunhas.

As adolescentes Maria Eduarda Dourado Lacerda e Tarsila Gusmão Vieira de Melo foram mortas em maio de 2003, no distrito de Camela, em Ipojuca. Marcelo e Valfrido Lira estão presos desde 2008. Os réus respondem por duplo homicídio qualificado e por duas tentativas de estupro, segundo o TJPE.

Durante o julgamento, devem ser ouvidas 19 pessoas: duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco; 10 arroladas pela defesa dos acusados; cinco peritos do Instituto de Criminalística, que participaram das investigações dos homicídios; e os dois réus.

Ainda de acordo com o TJPE, 25 pessoas compõem o Corpo de Jurados. A cada julgamento, sete são sorteados para compor o Conselho de Sentença. Durante o tempo em que durar o júri, os jurados devem permanecer incomunicáveis.

Crime

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De acordo com as investigações, as vítimas foram passar um fim de semana na casa de um amigo, na Praia de Serrambi, em companhia de outros jovens. Depois de um passeio de lancha até o Pontal de Maracaípe, Maria Eduarda e Tarsila se separaram dos outros jovens e foram andar sozinhas pela praia. Ao retornar ao local onde a lancha estava atracada, constataram que o grupo já havia retornado para Serrambi.

As jovens decidiram voltar sozinhas à praia e conseguiram uma carona até as imediações do Trevo de Porto de Galinhas, onde pegariam uma condução.

De acordo com testemunhas, as adolescentes foram vistas por volta das 18h30 junto a uma padaria, onde permaneceram até entrarem em uma kombi. Após entrarem no veículo, Tarsila e Maria Eduarda desapareceram e seus corpos só foram encontrados dez dias depois pelo pai de Tarsila.