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Terminais de embarque para Ilha do Mel serão administrados pelas prefeituras e transporte terá seguro

Cerca de 90 embarcações fazem hoje o transporte de passageiros entre a Ilha do Mel e  Pontal do Paraná e Paranaguá | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Cerca de 90 embarcações fazem hoje o transporte de passageiros entre a Ilha do Mel e Pontal do Paraná e Paranaguá (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Os terminais de embarque de Pontal do Paraná e Paranaguá rumo à Ilha do Mel não serão mais administrados pelo governo do estado. A partir desta terça-feira (22), os trapiches, como são conhecidos, terão toda a parte de organização e operação a cargo das prefeituras desses dois municípios. A medida faz parte de um convênio firmado nesta segunda-feira (21) e que deve trazer mudanças no atendimento de quem usa o transporte litorâneo.

A primeira delas deve ser a inclusão do seguro contra acidentes nos bilhetes dos passageiros que utilizam as embarcações – item que ainda não faz parte do serviço oferecido –, afirmou o secretário de Desenvolvimento de Pontal do Paraná, Jaime Cosseau. “Isso será obrigatório. Também vamos exigir que o transporte só seja feito por pessoa jurídica, isto é, empresas, para que haja a contratação desse seguro”, observa.

Ele afirma que essa regulamentação não deve encarecer o preço da tarifa de ida e volta para a Ilha do Mel, hoje em R$ 35 (Pontal) e R$ 53 (Paranaguá). A expectativa é colocar isso em prática já em dezembro. “Já estamos com uma associação de barqueiros regularizada e outros se regularizando também”, pontua Cosseau. Cerca de 90 embarcações fazem o transporte de passageiros entre a ilha e essas duas cidades.

O secretário de Planejamento de Paranaguá, Tiago Fontes César Leal, acrescenta que a administração dos terminais pelas prefeituras também deve garantir fiscalização nas condições de higiene das embarcações e no próprio arranjo dos embarques e desembarques. Isso deve evitar, por exemplo, que barcos se atraquem em locais inadequados, dificultando a saída dos passageiros.

A partir da regulamentação, também será possível cadastrar embarcações autorizadas e táxis náuticos, esses com preço fixo, o que não existe hoje nos trapiches. Todos os prestadores listados deverão seguir requisitos legais. “Se a pessoa quiser comprar o bilhete para ir para a ilha de barco e voltar de táxi, será uma possibilidade também. Hoje, não há opção de comprar a volta na própria ilha”, assinala Leal.

As duas prefeituras têm projetos para reformar seus terminais de embarque, além de incluir profissionais bilíngues para o atendimento a turistas, agentes do Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal e um sistema informatizado de venda de bilhetes nestas áreas. A expectativa é de que um relatório mensal sobre visitação e acesso à ilha também seja repassado ao governo mensalmente. As intervenções devem ser graduais.

Segundo o governo do Paraná, cerca de R$ 3 milhões devem ser investidos em melhorias nos terminais de embarque nos próximos três anos. As primeiras obras de reformas e sinalização devem ser iniciadas nas próximas semanas. Estão previstos investimentos nos trapiches de Pontal do Paraná e também de Brasília e Encantadas, na Ilha do Mel. Em Brasília, a reforma do trapiche deve custar R$ 350 mil, por meio de recursos viabilizados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

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