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TRANSPORTE PÚBLICO

Terminais de ônibus da RMC estão em estado de abandono

"Neguinha" faz a segurança no Terminal Cachoeira, em Tamandaré | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
"Neguinha" faz a segurança no Terminal Cachoeira, em Tamandaré (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)
Os banheiros dos terminais estão em estado deplorável |

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Os banheiros dos terminais estão em estado deplorável

Placa de reforma do Terminal Cachoeira resta esquecida na grama |

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Placa de reforma do Terminal Cachoeira resta esquecida na grama

Porta de entrada para o sistema de transporte coletivo, parte dos terminais de ônibus da região metropolitana de Curitiba está abandonada à própria sorte. A Gazeta do Povo encontrou abandono, sujeira e falta de segurança em quatro terminais de Colombo e Almirante Tamandaré. Há até relatos de segurança feita por vira-latas.

Segundo a Urbs, cada passageiro metropolitano custa R$ 4,07 – valor 39% maior do que o custo de quem circula apenas dentro de Curitiba. Esse custo é calculado de acordo com uma planilha com porcentagens referentes a encargos pessoais, insumos e impostos. Mas a conta não leva em consideração a evasão de receitas. E ela pode ser grande.

O tubo anexo ao Terminal Cachoeira, em Almirante Tamandaré, não tem portas. A estação fica voltada para a área externa do prédio e quem desembarca nesse tubo tem acesso gratuito às demais linhas do terminal. Funcionários contam que o problema é antigo e que recebem uma 'ajuda' um tanto pitoresca.

"Temos um segurança, mas é claro que ele sozinho não consegue dar conta de tudo. Por isso, as duas neguinhas (cadelas sem raça definida que vivem no local) ficam ali perto e quando alguém invade, elas rosnam e latem para nos avisar", conta uma funcionária do Cachoeira.

O alto risco para evasão de receitas também foi verificado nos terminais Alto Maracanã, em Colombo, e Almirante Tamandaré. No primeiro, apenas um porteiro faz a segurança do local, que ocupa metade de uma quadra e tem duas entradas de veículos diferentes. Já no segundo, um funcionário conta que a ação de vândalos dificulta a fiscalização. "Todo dia eles destroem a cerca. Não consigo controlar tudo", lamenta.

Além de destruírem cercas, vândalos também não têm poupado os banheiros desses terminais. Nos quatro locais visitados pela Gazeta do Povo, há cabines sem louça. Todos também têm péssimas condições de higiene. O pior, porém, era o Cachoeira. O clima fétido do local até rende brincadeiras de motoristas. "Não vai lá não. Deixa o fotógrafo cheirar isso sozinho", disse um deles ao ver o repórter entrar no local.

Ao lado dos banheiros do Cachoeira, há uma placa caída e danificada por um temporal que alertava a população sobre uma futura obra no terminal. A promessa foi feita no ano passado, mas até o momento não virou realidade. O Terminal foi construído em 1986.

Mesmo vinte anos mais novo que o Cachoeira, o Terminal Guaraituba, em Colombo, também está abandonado. Inaugurado na última gestão Roberto Requião, o local está tomado por lixo, insetos e pichação. Há espaços comerciais desocupados onde o mato começa a tomar conta. E, ao invés de lanchonetes, os locais servem como depósito de lixo.

Biarticulado não cabe no Terminal Cachoeira

Ante a superlotação da linha Almirante Tamandaré/Cabral, um fiscal tem uma receita infalível: aumentar o tamanho do ônibus. O problema é que o Terminal Cachoeira, onde a linha faz parada, não comporta um veículo desse porte. "Os horários já estão apertados. A solução seria o biarticulado. Mas aqui não cabe", disse um funcionário da Urbs.

A linha Almirante Tamandaré/Cabral é uma das mais movimentadas do município. Ela ganhou um reforço com a linha Cachoeira/Cabral, mas ainda está cheia. Procurada, a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Urbano disse que ainda não é possível informar se a reforma do local permitirá a entrada de um biarticulado.

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