Até o fim do ano, 600 ônibus receberão os equipamentos| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

As televisões estão, aos poucos, invadindo os ônibus de Curitiba. Até o final de agosto já haviam sido instalados 264 monitores em 153 veículos e, em breve, dois terminais da capital – Boqueirão e CIC – também devem receber os aparelhos. O serviço é executado pela Midiaplan, empresa que venceu uma licitação e é responsável pela compra, instalação e manutenção dos equipamentos.

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Para atingir a meta da empresa para o ano, será preciso correr: o objetivo é fechar 2013 com televisores em 600 ônibus e 22 terminais (21 urbanos e o Terminal Guadalupe). Em três anos, a implantação precisará ser concluída, alcançando cerca de 1,5 mil dos 1.920 ônibus da frota operante da Rede Integrada de Transporte (RIT).

Segundo a Midiaplan, os televisores são programados para só consumirem energia quando o motor do veículo estiver ligado e as informações que passam na tevê são atualizadas via 3G. Na programação, cada coisa tem seu tempo: 15% para a prefeitura, 15% para a Urbs, 30% de publicidade e os 40% restantes são para notícias variadas.

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Desde dezembro, quando as instalações começaram, houve poucos problemas em relação ao vandalismo dos aparelhos, mas um fator tipicamente curitibano acabou surpreendendo: a umidade estragou mais equipamentos que qualquer tentativa de furto ou pancada. Segundo a Midiaplan, o excesso de umidade afeta a fonte dos aparelhos. Até agora, 45 telas foram trocadas.

Rentabilidade

A mídia embarcada, que mescla a veiculação de notícias e serviços para a população, também é uma opção de fonte de receita para o município aplicar no próprio sistema de transporte coletivo. A prefeitura, que não gastou recursos com a implantação desse sistema, ainda recebe um porcentual sobre o valor bruto obtido com a venda de espaços de publicidade.

De acordo com o fiscal desse contrato na Urbs, Roberto Carlos Rodrigues, a empresa precisa repassar 54,35% em cima do faturamento bruto de publicidade para o Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC). Nos últimos meses, esse valor ainda é simbólico, em torno de R$ 20 mil, mas a expectativa é de que com a expansão da rede, as receitas aumentem. A Midiaplan, que assinou contrato em junho de 2012, terá 15 anos para explorar o serviço.