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Ponta Grossa - O plano B para a destinação do lixo da capital após o esgotamento do aterro da Caximba corre o risco de não funcionar. É que a área de Ponta Grossa, que importaria os resíduos, também apresenta limitações, conforme o professor e doutor em geologia Mário Sérgio de Melo, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ele analisou o EIA-Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) e apontou falhas no documento. Além disso, o Conselho Municipal de Meio Ambiente disse haver necessidade de mais audiências públicas.

Para o geólogo, a área é imprópria por ser de preservação ambiental e ter duas nascentes, um aquífero e solo arenoso. O diretor-presidente da empresa, Marcus Borsato, contesta as informações. "Se o IAP concedeu a licença prévia é porque os técnicos daquele órgão estão convencidos de que não há qualquer risco para o meio ambiente ou a comunidade. Além disso, o Ibama foi consultado pelo IAP e se manifestou favoravelmente", afirma. Borsato argumenta que o local não é área de preservação ambiental, que não existem nascentes na região e que o solo arenoso não impede a realização do empreendimento. Tanto a empresa proprietária da área quanto o Consórcio Intermunicipal negam que haja uma negociação em andamento para a importação do lixo.

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Victor Hugo Burko, diz que, em se esgotando a capacidade da Caximba, o aterro em Ponta Grossa, após o licenciamento, aparece como uma solução emergencial para receber os resíduos. "Assim não teremos que tomar uma atitude drástica, como deixar o lixo a céu aberto num terreno qualquer de Curitiba", afirma.

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