A ex-assessora financeira do Partido dos Trabalhadores (PT) de Londrina, Soraya Garcia, autora da denúncia do suposto uso de "caixa dois" na campanha pela reeleição do prefeito Nedson Micheleti, pediu emprego na Sercomtel antes de ir ao Ministério Público.

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De acordo com o diretor de marketing da empresa, Francisco Moreno - que também é o tesoureiro do PT local e da campanha de Nedson -, Soraya enviou duas mensagens para celular dele. Na primeira, por volta das 22h do dia 26 de julho (mensagem que ele recebeu à 0h21 do dia 27), ela escreve: "Chico eu quero meu emprego na Sercomtel, essa história tem algo errado, não tá cheirando bem, eu trabalhei por um emprego digno".

A mensagem de texto está guardada na memória do telefone celular de Moreno. A segunda mensagem (também de texto) foi emitida às 13h37 da quarta-feira, 27 de julho, poucas horas antes de Soraya procurar o Ministério Público (MP). "Chico vieram me ameaçar a vida, pois bem para mim deu vou procurar me preservar. Não me procure nunca mais", diz o texto.

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Moreno diz que foi procurado por Soraya durante todo o primeiro semestre deste ano. A reivindicação era a mesma: emprego.

Na saída do depoimento de nove horas à Polícia Federal, Soraya comentou as mensagens no celular. "Ele (Moreno) tinha me procurado para conversar, para saber o que estava acontecendo. Escrevi a ele que não me procurasse nunca mais que eu não queria mais emprego", declarou. "Eles vão falar que eu tentei chantagear, mas isso não aconteceu", concluiu.

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Veja em vídeo as mensagens de Soraya Garcia no celular de Chico Pinheiro.

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