Vacina para o TIPO A
O SUS vai ofertar a vacina contra hepatite A. A incorporação do imunizante ao calendário nacional, anunciada ontem pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, ocorre dois anos depois da recomendação da Conitec, comissão criada pelo governo para nortear a incorporação de novas tecnologias. A vacina será recomendada em uma dose, para crianças maiores de 1 ano e menores de 2 anos. A vacina começa a ser ofertada neste mês, mas de forma escalonada. Doze estados começam em julho, outros 12 em agosto e o restante, em setembro. A partir de então, todos os postos de saúde do país vão ofertar a vacina rotineiramente.
Quem passar hoje pela Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, vai poder aproveitar para fazer testes rápidos de diagnóstico de hepatite B e C. Uma tenda será montada no local e deve atender a população das 10 às 17 horas. A iniciativa da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) consiste na coleta de uma gota de sangue, que é exposta a um reagente. O resultado sai na hora.
Segundo a Sesa, em 2013 o Paraná registrou 1.821 novos casos de hepatite B e 939 de hepatite C. Um aumento em comparação ao ano anterior, quando foram registrados 1.733 casos do tipo B e 923 do tipo C. A maior incidência ocorre no Oeste e no Sudoeste. O crescimento da doença, de acordo com a Secretaria, é resultado também da melhoria no diagnóstico, com a implantação dos testes rápidos em todos os municípios do estado.
O superintendente em Vigilância e Saúde da Sesa, Sezifredo Paz, alerta para a importância do diagnóstico precoce. "Um dos grandes problemas da hepatite B e C é o diagnóstico tardio", explica. "Quando a pessoa descobre, já está no estado avançado. É uma doença silenciosa", completa. Segundo ele, entre os sintomas da hepatite B e C estão: cansaço, dor abdominal, enjoo, olhos e pele amarelados, fezes mais claras e urina mais escura. Para prevenir a doença é importante não compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de unha e outros objetos perfurocortantes. As hepatites B, C e D também podem ser transmitidas por via sanguínea, inclusive pelo sexo desprotegido.
No caso das hepatites A e E, o contágio ocorre por via fecal-oral, em decorrência da falta de saneamento básico, de higiene pessoal e dos alimentos. No caso da hepatite B, a vacina é administrada em três doses, gratuitas, que são ofertadas nas unidades de saúde. O público-alvo são pessoas com até 49 anos, além de profissionais de grupos de risco, como manicures, caminhoneiros, bombeiros, policiais, doadores de sangue, profissionais do sexo, coletores de lixo, entre outros.
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