Uma única gota de sangue retirada do pé de um recém-nascido é capaz de diagnosticar doenças que podem provocar graves seqüelas no desenvolvimento da criança. O chamado "Teste do Pezinho" é gratuito e obrigatório em todos os hospitais do Brasil. O problema é que nem todos os bebês nascem em hospitais situações adversas fazem com que muitas mães dêem à luz em casa ou em locais distantes dos centros de saúde. Por esta razão, a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), entidade responsável pelo teste no Paraná, desenvolve um curso de educação a distância para capacitar profissionais da área, estudantes e outros interessados.
Com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde e da Escola Estadual de Saúde Pública, a Fepe está mobilizando profissionais de 26 municípios do Paraná, além de outros quatro estados. "São 150 inscritos que receberão o curso em seus postos de trabalho e atuarão como educadores, conscientizando as mães sobre a importância do diagnóstico precoce", diz a enfermeira e coordenadora do Núcleo de Educação à Distância da Fepe, Marly Marton da Silva.
O curso será ministrado com material didático que inclui CD-ROM e apostilas. "Buscamos atingir tanto quem atua em grandes centros urbanos, quanto quem trabalha como agente de saúde em pequenas comunidades, como ilhas de pescadores e aldeias indígenas", informa Marly. As inscrições para a primeira etapa do curso já estão encerradas. Em setembro, novas vagas serão abertas.
Integrante do programa nacional de triagem neonatal, o Teste do Pezinho evita tratamentos tardios de doenças da infância. Os males diagnosticados por ele são a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, gibrose cística (ou mucoviscidose), doença falciforme e deficiência de biotinidase. Quando diagnosticadas nos primeiros dias de vida, essas enfermidades podem ser tratadas. Caso contrário, a criança corre sérios riscos de desenvolver seqüelas graves, entre elas o retardo mental.
Guilherme de Souza, de 5 anos, hoje é uma criança normal graças ao diagnóstico precoce no Teste do Pezinho, que atestou positivo para a Fenilcetonúria. "O teste significou 100% da saúde do meu filho. Se eu não tivesse feito, hoje o Guilherme seria uma criança comprometida", conta a mãe Cláudia Ferreira de Souza.
Cláudia alerta outras mães para que verifiquem se seus filhos fizeram o Teste do Pezinho antes de receber alta da maternidade. O exame deve ser realizado do terceiro ao sétimo dia de vida do bebê. E quando o parto acontece longe de hospitais, as mães devem logo procurar um centro de saúde para fazer o exame. "O teste não é uma opção, é uma obrigação de toda mãe", reforça.
Serviço: as inscrições para o curso podem ser feitas pelo site www.fepe.org.br ou pelo telefone 3362-1890.
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