O teste rápido para determinar simultaneamente, a partir de uma amostra de sangue, se o paciente tem dengue, vírus da zika ou chikungunya, deve começar a ser distribuído somente em março.
Previsto para ser disponibilizado a partir deste mês, o ministro da Saúde Marcelo Castro disse nesta sexta (26) que ainda aguarda a entrega dos 50 mil kits do teste pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio.
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“Eles têm o compromisso de nos entregar 50 mil desses kits agora no final de fevereiro para, a partir de março, fazer os testes, os três de uma vez só. Estamos esperamos que a Fiocruz nos forneça”, disse o ministro após se encontrar com o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, e com a direção do Hospital Albert Einstein.
O governo federal solicitou à fundação 500 mil unidades do kit de testes, sendo que os primeiros 50 mil kits seriam distribuídos a partir de fevereiro para a rede pública de saúde. Tanto dengue como chikungunya e zika são transmitidos pela picada do mosquito Aedes aegypti.
O teste rápido foi desenvolvido pelo instituto Bio-Manguinhos, em parceria com a Fiocruz. O teste será mais barato e entregará resultados até oito vezes mais rapidamente do que os métodos atuais, segundo o governo. A inovação busca dar maior agilidade no diagnóstico de pacientes em casos suspeitos e privilegiará as grávidas, segundo o ministério.
Atualmente, os testes utilizados para detectar as três doenças usam reagentes importados e custam entre R$ 800 e R$ 2.000. Com o novo kit de verificação, o custo será de até R$ 80 por unidade. O ministro disse ainda que há 28 laboratórios preparados para diagnosticar as doenças por meio do teste.
Dengue
O secretário de saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, mostrou preocupação com a possível expansão do número de casos do vírus da zika. Para Padilha, é importante desenvolver uma sorologia para a zika.
“O que nós precisamos é do desenvolvimento de uma sorologia para o vírus da zika. A prefeitura já comprou a da dengue para ter garantido o ano inteiro para a população de São Paulo, para não sofrer qualquer tipo de intercorrência ou de falta de kit do ministério ou do governo do Estado. Nós temos uma necessidade muito importante do desenvolvimento de uma sorologia para o vírus da zika.”
Sobre a expansão de casos de dengue na cidade, principalmente nos bairros da zona leste, Padilha disse que a preocupação deve ser com todos os bairros. “É importante lembrar que o risco da dengue está em todas as regiões da cidade. Zona oeste e zona norte que sempre tiveram maior concentração de casos, alguns bairros da zona sul, e na zona leste aconteceu em janeiro um crescimento maior. Nos preocupa esse crescimentos na zona leste, mas também nos preocupa outras regiões.”
Padilha citou a utilização de drones para ajudar no combate ao mosquito aedes. “O primeiro voo operacional do drone foi ontem e é muito importante porque é um agente aéreo que vistoria rapidamente as áreas. Ele sobrevoou terrenos para descarte de carros da polícia do Estado e três áreas que os agentes tentaram entrar, mas não conseguiram, para verificar focos”.
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