O depoimento de uma das duas últimas testemunhas que ainda faltam ser ouvidas no processo contra o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho foi adiado. O homem, indicado como testemunha de defesa, deveria ter sido ouvido por um juiz em São Paulo na última quarta-feira (11), mas ele não compareceu na 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital paulista.
A testemunha seria ouvida por meio de carta precatória. Esta foi a segunda vez que o depoimento foi adiado. O homem também não compareceu quando foi convocado em 3 de agosto. Até esta quinta-feira (12), uma nova data para ele ser ouvido não havia sido definida.
A outra pessoa que deveria prestar depoimento em São Paulo ainda não foi localizada pelos oficiais de justiça. A informação recebida pela assistência de acusação é de que ela teria se mudado para Blumenau, em Santa Catarina.
O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar aguarda os depoimentos dessas duas testemunhas para anunciar a decisão sobre se Carli será julgado em júri popular ou por um juiz singular.
Interrogatório
Carli Filho foi interrogado na última terça-feira (10) no Tribunal do Júri em Curitiba. Assim como na fase do inquérito policial, o ex-deputado declarou que não se lembra do acidente de trânsito que resultou na morte de dois jovens na capital, pelo qual é responsabilizado.
A audiência ocorreu um ano e três meses depois do acidente que matou Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20. Esta foi a primeira vez que Carli Filho compareceu diante de um juiz.
No ano passado, ele foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual (quando o agente da ação assume o risco de produzir o resultado). Exames do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística comprovaram que, no momento do acidente, o ex-parlamentar estava embriagado e dirigia em alta velocidade, entre 161 e 173 km/h.