A polícia mineira ouviu novas testemunhas na investigação sobre o desaparecimento de Eliza Samúdio, na quarta-feira (30). O último contato entre a jovem e amigos foi feito no início do mês. Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, do Flamengo, no ano passado. Ela tentava provar que teve um filho do jogador.
Já era madrugada desta quinta-feira (1º) quando os delegados responsáveis pelo caso saíram da delegacia. O último depoimento durou mais de cinco horas. A testemunha saiu com o rosto escondido e escoltada por policiais.
Pelo menos outras duas pessoas foram interrogadas na quarta. Uma delas disse que viu Eliza e o filho, de quatro meses, no sítio de Bruno, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A versão é diferente da apresentada por pessoas ligadas ao atleta do time rubro-negro. De acordo com a polícia, a mulher dele disse que os funcionários do sítio não viram Eliza.
Outro empregado da propriedade disse à polícia, em depoimento, que um amigo do goleiro levou o filho de Eliza até o sítio.
O advogado da família de Eliza, Jader Marques, afirmou que os parentes da jovem estão oferecendo uma recompensa para quem indicar o paradeiro dela. A informação deve ser levada à Delegacia de Homicídios de Contagem (MG). "É uma oferta de recompensa no valor de R$ 5 mil", contou Marques ao G1. "O objetivo é motivar pessoas que estejam reticentes ou com medo de falar. É fazer com que as pessoas que conheçam o fato passem as informações para a polícia."
Na quarta, policiais estiveram novamente no sítio de Bruno. A polícia voltou ao local para recolher alguns objetos. A equipe de investigações já havia realiza buscas na segunda (26) e na terça-feira (27).
Os agentes também receberam uma denúncia anônima de que havia um corpo em uma área de mata. Eles estiveram no local, mas nada foi encontrado.
Entenda o caso
De acordo com a polícia, o sumiço de Eliza Samúdio começou a ser investigado depois de denúncias de que ela havia sido agredida no sítio que pertence ao jogador.
Dayane Fernandes, mulher do goleiro Bruno, teria dito, em depoimento à polícia, que Eliza teria abandonado o bebê. A criança foi encontrada pela polícia na madrugada de sábado (26), com uma senhora desconhecida. No domingo (27), foi entregue a Luis Carlos Samúdio, pai de Eliza.
Dayane chegou a ser levada à delegacia na sexta-feira (25). Ela foi detida e liberada em seguida. Segundo a delegada, a mulher do atleta foi autuada por subtração de incapaz.
A polícia já ouviu funcionários do sítio de Bruno e amigas de Eliza.
O Flamengo anunciou, na segunda, que o goleiro permanece afastado do time durante as investigações. Ele treinou no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, na manhã de quarta.
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